
Eleger apenas 10 itens para falar sobre os pontos altos e baixos de Avenida Brasil é covardia. Sem exageros: esta novela ainda será tema de muitos TCCs, dissertações, teses e livros de tão inovadora que foi. A trama de João Emanuel Carneiro, que termina nesta sexta-feira, é uma das melhores obras que a TV aberta viu nos últimos tempos. Mas, para não ficarmos só jogando confete, a gente recordou de itens que não foram nota 10 ao longo do folhetim.
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>>>Enquete: Carminha será perdoada no fim da novela?
O melhor de tudo (até agora)
1. A interpretação magistral de Adriana Esteves e sua Carminha. Não dá para imaginar a novela sem ela. Foi o grande destaque da trama em todos os aspectos.
2. O texto primoroso de João Emanuel Carneiro. Suas expressões criadas para o núcleo do Divino refletem a ascensão da classe C com fidelidade. O realismo é tamanho que nem os palavrões são censurados. E incorporar termos que estavam bombando “nas ruas” (ou seja, redes sociais) foi uma grande sacada. Feito Carminha dançando o tchu tcha ou personagens fazendo alusão às suas próprias trilhas sonoras (Darkson cantando o “cachorro, perigoso, safado, carinhoso”
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3. Os improvisos dos atores que cresceram durante a trama. Por exemplo: Zezé (Cacau Protásio) e seu “quero ver tu me chamar de amendoim”, até Leleco (Marcos Caruso) em diversas falas inspiradas e o hábito de chamar o genro de “Máquissi”, bem como a risadinha “hihihi” maquiavélica de Nilo (José de Abreu).
4. Juliano Cazarré será lembrado para sempre por seu simplório Adauto, o cara sem instrução e de bom coração cujas frases tortas e erros gramaticais repercutiram nas redes sociais a cada deslize.
5. As inovações em itens como linguagem visual (o “congelado” dos personagens ao fim de cada capítulo virou hit), a estética de cinema em cenas essenciais (como importantes histórias contadas no lixão),
O pior de tudo (até agora)
6. O furo de roteiro no qual Nina perdeu as fotos que fez da transa de Max e Carminha. Não há justificativa para a mocinha da história, antenada nas modernidades da internet, ter deixado de fazer cópias digitais das imagens comprometedoras.
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7. O excesso de “assaltos” nas ruas com personagens tontos. Desde Genésio (pai de Nina) sendo roubado até a própria Nina sendo assaltada duas vezes da mesma forma (o dinheiro da herança e, depois, as fotos que estavam em um cofre no banco)
8. A vingança atrapalhada da mocinha Nina, que – a bem da verdade – não tinha plano nenhum detalhado. O excesso de pudores em não “magoar” a família da mansão também a deixava distante do que se imagina que seja um plano de vingança frio e calculado.
9. O núcleo Cadinho não empolgou. Ficou desconectado do restante da novela. A Zona Sul não se integrou com o Divino nem quando o trio de esposas peruas foi morar no bairro suburbano. Mesmo que engraçado em alguns momentos, a aparição do quarteto era sempre a “hora de ir ao banheiro” durante o capítulo.
10. O núcleo do cinema pornô foi pura encheção de linguiça. Muito sem propósito colocar Paula Burlamaqui no núcleo de Roni e Diógenes, bem como as cenas de resgate da ex-atriz pornô que virou crente. Ninguém sentiu falta de Rita Guedes e demais cinemeiros espalhafatosos. Constrangedora também a cena em que Dolores volta a ser Soninha Catatau após ouvir os primeiros acordes de Conga Conga.
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Em vídeo, personalidades contam seu final ideal para a novela: