A zona de rebaixamento foi a casa do Figueirense por 13 rodadas. Com quatro pontos, o time passou toda a Copa do Mundo na lanterna da Série A e a perspectiva de recuperação parecia distante. Porém, com a contratação do técnico Argel Fucks, tudo mudou.
Continua depois da publicidade
::: Figueirense derrota Vitória e carimba permanência na Série A
::: Leia todos as notícias do Figueirense
::: Confira a tabela do Brasileirão
Continua depois da publicidade
Em cinco rodadas, o comandante alvinegro mudou a estrutura do time e conseguiu uma sequência de oito jogos invictos que tirou o time da lanterna e do Z-4. Ao bater o Vitória por 2 a 0 no Estádio Orlando Scarpelli o clube carimbou a permanência na Primeira Divisão.
Confira cinco momentos fundamentais para a permanência do Figueira na elite do futebol nacional:
1 – Contratação de Argel Fucks

Guto Ferreira assumiu o Figueirense na terceira rodada, porém o técnico que levou a Ponte Preta na Série A não teve sucesso no Alvinegro. Em nove rodadas, conquistou apenas sete pontos. Após a eliminação da Copa do Brasil para o Bragantino, Guto foi demitido. Wilfredo Brillinger então escolheu Argel Fucks como o treinador alvinegro. A torcida não ficou satisfeita, mas os resultados e a entrega do time conquistaram a confiança do torcedor.
2 – Saída de Rodrigo Pastana

A relação do Superintendente de Esportes do clube, Rodrigo Pastana, com os jogadores do elenco alvinegro estava degastada. Principalmente, depois da demissão do técnico Vinícius Eutrópio _ que conquistou o acesso à Série A e o título do Catarinense. Como imediata reação, o volante Marcos Assunção, então estrela do time, pediu para sair. A sequência dessas saídas foram desastrosas e o time caminhava para o rebaixamento. A escolha de Argel Fucks por Wilfredo para comandar a equipe desagradaram Pastana que aceitou o convite do Bahia para trabalhar em Salvador. A saída do cartola aliviou o clima no clube. Rodrigo Pastana foi demitido do Bahia no início de novembro.
Continua depois da publicidade
3 – Chegada de Marcão e retorno de Marco Antônio e Rivaldo

Argel Fucks pediu apenas uma contratação: um centroavante. O técnico indicou o nome de Marcão. O atacante estava no Atlético-PR, encostado. O Vila Nova estava próximo de um acerto com o jogador, mas o Alvinegro foi mais rápido e trouxe Marcão. Ele marcou cinco gols, todos no Estádio Orlando Scarpelli, e contra time importantes.
Outro acerto foram os retornos de Marco Antônio e Rivaldo. Com Guto Ferreira, os volantes chegaram a ficar fora do banco de reservas. Argel trouxe eles para o time titular e junto muita experiência e, o principal, qualidade.
4 – As vitórias sobre o Botafogo

Na 16ª rodada, o Figueirense recebeu o Botafogo no Scarpelli. Era um encontro de dois times desesperados e lutando contra o rebaixamento. Ao lado do seu torcedor, o Furacão venceu por 1 a 0, com gol de Clayton, e saiu em definitivo do Z-4.
Continua depois da publicidade
No Rio de Janeiro, no Estádio de São Januário, o Furacão venceu mais uma vez o Botafogo e encaminhou a permanência na Série A.
5 – O “abraço” da torcida alvinegra

Estádio vazio e apoio tímido, a torcida do Figueirense estava incomodada com o time. As seguidas derrotas e pouca empolgação dos atletas em campo assustaram os alvinegros. Com a chegada de Argel e a volta da pegada característica do Figueira os torcedores voltaram ao Estádio Orlando Scarpelli e abraçaram o time.
Contra Atlético-MG, São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Flamengo, Chapecoense e Vitória a ocupação do estádio foi superior a 15 mil torcedores. Público que empurrou e ajudou a mudar a história do Figueirense na Série A em 2014.
Continua depois da publicidade