O tempo não colaborou, mas mesmo com o frio e a chuva que não deram trégua em Itajaí, cerca de 5 mil pessoas, segundo cálculos da Polícia Militar, foram às ruas para protestar na noite desta quinta-feira. Desta vez com centenas de guarda-chuvas compondo o cenário da manifestação, um público formado principalmente por jovens foi tomando a Avenida Sete de Setembro a partir das 17h30min.
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Com o fim do horário comercial, aos poucos o ponto de concentração do movimento ficou completamente lotado. Enquanto aguardavam a saída da passeata, os manifestantes cantavam hinos, gritos de guerra e palavras de ordem na luta por seus direitos.
Um caminhão de som também acompanhava o ato, incentivando o público a participar ativamente dos protestos. Quando a maior parte das pessoas já estava na Avenida, incluindo acadêmicos da Univali, que suspendeu as aulas ontem à noite, a multidão saiu em caminhada, seguiu pela Rua Silva e foi até a prefeitura. Tudo observado de perto pela Codetran e pela PM, que deram segurança ao protesto e organizaram o trânsito nas vias próximas do trajeto percorrido.
Reivindicações
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As reivindicações eram muitas nas faixas e cartazes, de forma semelhante ao registrado em Balneário Camboriú no dia anterior. As mais comuns eram contra a PEC 37, a corrupção, pela preservação do Canto do Morcego e por reduções maiores na tarifa do transporte coletivo. Com tantas questões em pauta, as vozes raramente gritavam em uníssono pela mesma causa. A movimentação também não seguiu nenhum padrão, com diversos grupos aparecendo de forma dispersa em meio à multidão.
Só quando o protesto chegou à prefeitura é que ele mostrou sua força como ato organizado. Diante do prédio da administração municipal, algumas das reivindicações foram discutidas e novos gritos de guerra foram entoados, destacando que o movimento não tem data para acabar enquanto os problemas não forem solucionados. Dali os manifestantes se dirigiram ao Porto de Itajaí e novamente ao Centro da cidade, passando pela Igreja Matriz.
Não foi registrado nenhum transtorno envolvendo vandalismo, violência, depredação do patrimônio público ou repressão policial.
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