Por risco de desmoronamento de terra, cinco casas foram interditadas em Piratuba, no Meio-Oeste. As famílias tiveram que deixar os locais durante o final de semana e estão na casa de parentes. A quantidade de chuva que cai sobre a região aumenta o risco e a cidade decretou situação de emergência.
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A desocupação das casas ocorreu depois que as estruturas começaram a apresentar rachaduras. A terra também cedeu e há uma grande fissura na rua que passa em frente às casas. O tráfego de veículos está impedido no local.
A causa do problema ainda está sendo investigada, mas a suspeita é de que uma escavação que fica nos fundos das casas tenha provocado as rachaduras. No local, seria construída uma creche municipal, mas a obra também está interditada.
Mesmo sem o laudo final, a prefeitura decretou situação de emergência ontem, já que o problema está sendo agravado pelos altos volumes de chuva dos últimos dias. Somente alguns moradores puderam retirar os pertences das casas.
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Conforme o presidente da Comissão Municipal da Defesa Civil de Piratuba, Fábio Matzenbacher, o órgão está acompanhando a situação e, além das cinco casas interditadas, outras duas permanecem em observação devido aos riscos de desabamento.
Ele salienta que um geólogo já esteve no local para avaliar o problema e determinou a desocupação imediata das áreas, principalmente diante da previsão de mais chuva para os próximos dias.
– Vamos aguardar o laudo e continuar observado os locais. As famílias já deixaram as casas e é difícil apontar a causa somente com levantamento preliminar – diz.
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Problema é antigo
Embora não tenham causado danos, outras rachaduras já haviam aparecido no local no ano passado. Na época, um laudo de geólogos contratados pela prefeitura atestou que não haveria risco de desmoronamento.
O policial militar Claércio Huf mora no local há quatro anos e disse que, desta vez, notou as primeiras fissuras no sábado, quando resolveu deixar a casa por questão de segurança. Ele e a esposa saíram apenas com as roupas e alguns pertences pessoais. Alguns móveis puderam ser retirados de casa na tarde de ontem.
– Estamos aguardando um parecer, mas não tenho mais segurança para morar aqui. Pretendo procurar outro local para morar – afirma.
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