Esta segunda-feira marca o início da aproximação de estudantes catarinenses com o espaço. A partir de hoje, alunos do Senai de Florianópolis e Criciúma vão aprender a desenvolver satélites com materiais alternativos, amparados pelo know-how da Nasa – Agência Espacial Norte-americana.
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Os jovens participarão, no contraturno deste segundo semestre letivo, de oficinas que vão envolvê-los no universo aeroespacial. A professora do Senai Maria Cecília Pereira explica que os projetos permitirão estudar fenômenos climáticos em elevadas altitudes, por meio de satélites montados com materiais simples.
“Os estudantes têm que usar uma metodologia específica para chegar ao resultado, mas a escolha dos componentes é livre. Já montaram satélites com alumínio de latinhas de refrigerante e até isopor usado para manter bebidas geladas”, diz.
A maior parte dos dispositivos espaciais montados pelos alunos tem dimensões reduzidas: são satélites com 30 centímetros de altura, dez de diâmetro e podem ir até milhares de metros de altura levados por balões atmosféricos. Lá de cima, enviam dados sobre o comportamento do tempo via telemetria.
A Nasa tem projetos semelhantes, como o desenvolvido pelo cientista James Spann, dos Estados Unidos. O trabalho mais recente dele permitiu a criação de pequenas estruturas chamadas “Clubsat”, semelhantes a caixas de sapato, que avaliam as condições da ionosfera. A camada é usada para o posicionamento de satélites e a propagação de sinais de comunicação, graças à sua boa condutividade elétrica.
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“Com esses dispositivos pequenos, podemos prever e reduzir as interferências causadas nos serviços de comunicação por fatores adversos, como o clima”, explica Spann.
As aulas para os alunos do Ensino Médio do Senai começam nesta segunda-feira.