Farmacêutico e cientista catarinense, Fabrício Pamplona vive o momento mais incrível de sua carreira. Depois de a startup farmacêutica da qual participa, a Entourage Phytolab, conseguir a dificílima liberação da Anvisa para a importação de maconha da Holanda, Fabrício, que é diretor científico da empresa e já estuda o uso terapêutico do canabidiol e do THC há 15 anos, está desenvolvendo um medicamento que poderá ser usado para tratamento da epilepsia refratária infantil. A ideia é que o produto esteja à venda em 2019, depois de passar por todos os testes regulatórios.

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Com apenas 34 anos, natural de Jaraguá do Sul, graduado na UFSC e com passagens pelo conceituado Instituto Max-Planck, em Munique, na Alemanha, e pelo Instituto D’Or, no Rio de Janeiro, Fabrício fez o caminho contrário ao de muitos cientistas: desistiu de um concurso na universidade para empreender. Tem dado certo, o catarinense pode ser o cientista à frente do primeiro medicamento brasileiro à base de Cannabis.

Fabrício, agora radicado em São Paulo em função da startup, é um dos 39 autores participantes do livro Caçadores de Neuromitos 2: desvendando os mistérios do cérebro, que reúne textos de neurocientistas brasileiros com lançamento marcado para 17 de fevereiro na Unifesp, em SP, e para março (sem data definida), em Florianópolis. No livro, que tem entre os organizadores a prof. doutora em Neurociências radicada em Florianópolis Larissa Zeggio, Fabrício assina o capítulo Maconha mata neurônio?

– No artigo, explico a origem deste mito que prejudicou por décadas a visão da Cannabis no âmbito medicinal.

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