Cielo registra um crescimento de 13,4% no varejo brasileiro em 2013

O comércio varejista brasileiro cresceu 13,4% em 2013, o novo índice econômico da Cielo, o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), lançado nesta segunda-feira (3) pela companhia líder em pagamentos eletrônicos no Brasil. Descontada a inflação, a expansão foi de 5,7%. Em dezembro, o índice apontou crescimento de 13,2% no faturamento nominal do varejo, na comparação com o mesmo mês de 2012.

O comércio catarinense teve um crescimento acima da média brasileira, segundo o indicador. Em 2013, Santa Catarina registrou um aumento de 15,9% nas vendas, ficando na 13ª posição dos Estados que mais cresceram no varejo.

O novo indicador econômico vai acompanhar mensalmente a evolução do varejo de acordo com a receita nominal de vendas, com base em um grupo de 24 setores mapeados pela Cielo, de pequenos lojistas a grandes varejistas.

– Passam pelas nossas máquinas, todos os anos, o equivalente a 9% do PIB em transações financeiras com cartão e 14% do consumo das famílias. Só em 2013, capturamos R$ 450 bilhões de reais. O nosso objetivo é utilizar essa base robusta, que captura informações reais e instantâneas na ponta do varejo, para oferecer ao mercado e à sociedade em geral um termômetro preciso da atividade varejista, a qual vem apresentando um desempenho excepcional nos últimos anos. Já há especialistas dizendo que vivemos a década do varejo no País – afirma Rômulo de Mello Dias, presidente da Cielo.

Fenômeno ?Black Friday?

Segundo a Cielo, a quarta edição da Black Friday brasileira (realizada na última sexta-feira de novembro) faturou 42,9% a mais que no ano anterior, seguindo o mesmo critério de receita nominal. A maior evolução é notada no e-commerce, que concentra o volume de vendas da data e mostra um crescimento de 200% em relação às vendas das lojas online no mesmo período em 2012. Os números indicam que houve uma antecipação das compras de Natal nesta edição da Black Friday.

Setores e regiões

Segundo Gabriel Mariotto, gerente da área de Inteligência da Cielo, o ICVA mapeia uma diversidade de segmentos, como restaurantes, hotelaria e companhias aéreas, que normalmente não são medidos por outros indicadores do setor varejista.

– Pela nossa ampla presença no comércio, e com o uso de modelos estatísticos para eliminar efeitos de competição e substituição de meios de pagamento, conseguimos mostrar uma fotografia bastante precisa e rápida de como evoluem as vendas no comércio varejista – observa Mariotto.

Os setores que mais cresceram em 2013 foram companhias aéreas (alta de 17,6% em receita nominal de vendas sobre 2012); supermercados e hipermercados e drogarias e farmácias, ambos com 15,5%. Descontada a inflação, a variação desses setores foi de 9,5%, 7,3% e 10,3%, respectivamente.

No recorte regional, Norte, Nordeste e Centro-Oeste foram as regiões que apresentaram o maior crescimento do varejo em 2013. O Norte registrou uma aceleração de 16,8%, enquanto Nordeste e Centro-Oeste tiveram evolução de 15,3% ante 2012. Já as regiões Sul e Sudeste, que têm o desafio estatístico de crescer sobre uma base elevada, encerraram o ano com crescimento de 14,8% e 12,5%, respectivamente.

No desempenho por estado, o ICVA revela forte crescimento no Amapá e no Piauí, ambos com 21,2% de alta no faturamento nominal das lojas em 2013, e no Tocantins (20%). Na outra ponta, o movimento do comércio no Rio de Janeiro (12,2%), no Distrito Federal (12%) e em Rondônia (11,1%) também é superior, mas mostra menor fôlego em relação a 2012.

Como é calculado o ICVA

O ICVA não tem correlação com o desempenho financeiro da Cielo. Para criar um indicador neutro que refletisse puramente a atividade econômica e o apetite de consumo no comércio, sem qualquer inferência a seus resultados, a companhia desenvolveu modelos matemáticos para isolar os efeitos do comportamento competitivo do mercado de credenciamento – como a variação de market share, por exemplo. Também foram isolados os efeitos da maior participação de cartões na economia pela substituição de cheque e dinheiro.

Os dados que compõem o Índice são capturados, de forma agregada, da base de 1,4 milhão de pontos de venda ativos credenciados à Cielo em todo o Brasil, tanto nas lojas físicas como nos canais mobile e e-commerce.