A Companhia Integrada para o Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina vai contratar em 25 veterinários para atuar no serviço de fiscalização e reforçar a sanidade animal e a saúde pública do Estado. Tratam-se de profissionais aprovados em concurso realizado ainda em 2016, que eram para ter sido chamados em 2018 mas que somente agora será autorizada a contratação.
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De acordo com a presidente da Cidasc, Luciane Surdi, a equipe técnica está fazendo o estudo de onde a demanda é maior, para fazer a distribuição dos profissionais.
– Em breve serão chamados. Temos um déficit grande no interior do estado, onde temos a produção de suínos e aves. É uma reposição e também um reforço. Nossas atividades se intensificaram nos últimos anos. Estamos fazendo mais com menos porém este reforço vem em boa hora – disse Luciane.
Atualmente a companhia conta com 150 veterinários em todo o estado e 400 barreiristas que atuam nos 63 postos instalados nas divisas com o Rio Grande do Sul e Paraná, além da fronteira com a Argentina.
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A Cidasc tem esse papel de garantir a sanidade do rebanho catarinense e o status sanitário diferenciado, que é de Zona Livre de Aftosa Sem Vacinação, conquistado em 2007, na Organização Mundial de Saúde Animal. Graças a esse status Santa Catarina é o único estado a vender carne suína in natura para Japão, Estados Unidos e Coreia do Sul.
Somente em fevereiro as exportações de carnes somaram cerca de R$ 1 bilhão. Além de trabalhar para garantir uma das principais fontes de renda dos catarinenses o chamamento dos veterinários também vai atender a demanda de saúde pública, que é a de garantir um alimento saudável. Santa Catarina também trabalha para chegar próximo da erradicação da tuberculose e brucelose, doenças que afetam os bovinos mas que podem atingir também os humanos. O estado tem 750 propriedades certificadas com o livres da doença.
Também vai beneficiar os produtores e agroindústrias, que tem muitas demandas para a Cidasc.
Recentemente a secretaria de Agricultura do Estado também lançou uma campanha de conscientização nos aeroportos, rodovias e acessos, para evitar a entrada de produtos que possam contaminar a produção catarinense, tanto animal quanto vegetal.
Afinal quase 70% das exportações e 30% do Produto Interno Bruto de Santa Catarina vem do agronegócio e a sanidade é essencial para manter os mercados internacionais.
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