Uma operação deflagrada na manhã desta terça-feira (7) cumpriu 14 mandados de busca e apreensão em sete cidades do Vale do Itajaí em investigação sobre possíveis desvios de recursos públicos federais destinados à saúde. Estariam envolvidas, no entanto, três prefeituras do Norte do Estado, segundo a Polícia Federal (PF).
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O órgão não especificou em quais cidades os desvios teriam ocorrido, em cumprimento à legislação eleitoral, segundo informou à reportagem.
Foi comunicado que os mandados da Operação Esculápio foram cumpridos em endereços de Blumenau, Ibirama, Itapema, Taió, Massaranduba, Benedito Novo e Rio dos Cedros, cidades onde foram feitas buscas de provas, mas que não têm prefeituras necessariamente envolvidas no caso.
Há cerca de R$ 3 milhões em contratos entre três municípios e duas entidades de assistência social sob investigação.
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A investigação partiu de um relatório da Controladoria Geral da União (CGU) que identificou a não realização de serviços médicos de clínica geral e ortopedia que haviam sido contratados por uma prefeitura entre 2014 e 2016 em convênio firmado com uma entidade de assistência social, associação que deve operar sem fins lucrativos.
A entidade acabou realizando a subcontratação de empresas de grupo econômico semelhantes e efetuou cobranças por diversos serviços, que não foram devidamente comprovados, segundo a PF, e têm indicativos de não execução.
A associação também protagonizou procedimento semelhante com uma outra prefeitura catarinense no mesmo período, também de acordo com a PF.
A apuração policial também identificou indícios de ligação dos envolvidos nos dois ocorridos com um terceiro caso, em que houve cobranças e a não realização de serviços parecidos, mas já entre 2018 e 2020, desta vez envolvendo uma outra entidade de assistência social e uma terceira prefeitura.
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Esse último caso partiu de um relatório do Ministério Público de Contas do Estado de Santa Catarina (MPC-SC), que analisou a prestação de contas da associação envolvida.
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