Pomerode, Gaspar, Indaial e Timbó seguem os passos da vizinha Blumenau, com fortalecimento da vocação industrial, respeito à tradição e valorização de produtos feitos com qualidade.

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Localizadas no entorno de Blumenau, Gaspar, Pomerode, Timbó e Indaial tiveram suas histórias cruzadas quando os imigrantes alemães começaram a chegar na região, no século XIX.

A cultura germânica influenciou hábitos e criou um estilo arquitetônico que perdura até hoje. Atualmente, as quatro cidades concentram características muito semelhantes e começam a entrar em um ritmo de crescimento que lembra o que Blumenau foi décadas atrás.

O setor têxtil e as indústrias do segmento metalmecânico ocupam lugar de destaque na economia dos quatro municípios. Em Pomerode, por exemplo, mais de 70% da mão de obra local trabalha em fábricas.

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Na vizinha Timbó, a situação é parecida: ainda que o comércio tenha o maior número de estabelecimentos, 68% dos trabalhadores do município estão nas indústrias.

Em Indaial, 52% do PIB municipal vem das mais de 1,2 mil empresas que atuam no segmento de transformação.

Em Gaspar, a presença da gigante do agronegócio Bunge faz concorrência com malharias e fabricantes de fios e linhas.

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Há três meses, a empresa inaugurou uma nova fábrica, com investimento de R$ 35 milhões. Hoje, é a unidade mais completa da área de alimentos e ingredientes, com capacidade para produzir 42 mil toneladas de maionese por ano.

Outros setores começam a se consolidar na região. Com a fama de ser a cidade mais alemã do Brasil, Pomerode investe no turismo de eventos como alternativa para alavancar o setor na cidade.

Além disso, as fabricações de chocolates, cervejas e móveis artesanais reforçam o caráter familiar de parte de suas empresas, preocupadas em preservar as tradições locais e vender produtos de alta qualidade.

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O setor moveleiro também desponta como uma promessa para o futuro do Vale. Oferecer um móvel feito de madeira com qualidade e padrão internacional e ainda contar com um design brasileiro reconhecido mundialmentefaz parte da rotina da Butzke, de Timbó.

A tradição presente nos 113 anos de funcionamento da fábrica de móveis para áreas de lazer anda junto com as novidades de design, tecnologia de fabricação e filosofia de preservação ambiental.

A produção mensal é de 400 mil metros cúbicos. Vinda do Paraná e de Santa Catarina, com certificação internacional de reflorestamento, a madeira é trabalhada por 230 colaboradores e resulta em um catálogo com mais de 500 produtos.

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De acordo com o diretor Michel Otte, o investimento anual é, em média, de 1,5% do faturamento da Butzke. Neste ano, devem ser faturados R$ 25 milhões, 18% mais do que o registrado em 2011.

Além de clientes nacionais, que correspondem a 85% deste montante, os mercados europeu e norte-americano estão entre os maiores compradores.

– Estamos ampliando a automatização da empresa para aumentar a produtividade, diminuir custos e gerar móveis com mais qualidade. Temos uma equipe responsável só pelo desenvolvimento de novos produtos – diz Otte.

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