A urbanização rápida e desordenada traz uma série de problemas sociais e desequilíbrio demográfico. É cada vez mais comum passar a maior parte do tempo preso no trânsito ou separado do convívio com os moradores próximos dentro de um apartamento. Por isso, arquitetos e urbanistas de todo o mundo repensam o planejamento urbano para um crescimento populacional sustentável.
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Resgatar a cidadania ao viver em uma cidade integrada ao ecossistema, com construções que valorizem a relação harmônica com os outros moradores. É com esse objetivo que surgiu nos últimos anos o conceito de Cidades Inteligentes. O conceito de uma smart city é aliar desenvolvimento tecnológico, habitação social, mobilidade urbana, para soluções em áreas como utilização de energia, coleta de lixo, qualidade do meio ambiente, custo de vida, segurança, entre outros temas.
Um exemplo é Vancouver, uma das maiores cidades do Canadá, que implantou um programa para ser a cidade mais verde do mundo até 2050. Enquanto isso, a cidade está em plena transformação, com participação ativa dos moradores. O poder público também implantou metas para as viagens a pé, de bicicleta e transporte público – o que ajuda no trânsito e na qualidade do ar.
Em Santa Catarina
Não é preciso ir para longe para conhecer na prática o conceito de uma cidade inteligente. Na Grande Florianópolis, um bairro inteiro foi pensado a partir da ideia de integração e sustentabilidade para melhorar o bem-estar dos moradores.
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Um local para morar, trabalhar, estudar e se divertir. Foi assim que em 1999 foi criado o empreendimento Cidade Criativa Pedra Branca, em Palhoça. Ao iniciar o modelo, o planejamento contou com uma parceria com a Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) para implantação de um campus no local. Primeiro Cidade Universitária Pedra Branca, depois Cidade Sustentável Pedra Branca à atual Cidade Criativa Pedra Branca, o projeto evoluiu e conta hoje com mais de 12 mil moradores, oito mil trabalhadores e sete mil estudantes. A quantidade de quadras e de empreendimentos seguiu um planejamento para no futuro acolher até 40 mil moradores.
Em 2013, foi inaugurada uma praça central com estabelecimentos próximos, onde é possível fazer tudo a pé. O Passeio Pedra Branca conta com diversidade ampla em lojas e estabelecimentos gastronômicos. Aliando o conceito de shopping center a céu aberto, a estrutura é diferenciada no paisagismo com equilíbrio com a natureza.
Marcelo Gomes, presidente da Cidade Pedra Branca, acredita que a vida em comunidade é o maior ativo e orgulho do grupo.
— Fortalecemos o senso de coletividade e estimulamos a convivência como princípios norteadores das nossas práticas, e que ganham ainda mais sentido e importância nos dias atuais. O reencontro nunca foi tão esperado, a convivência nunca foi tão valorizada, o espaço público nunca foi tão desejado. Por isso, estamos certos de que esse “novo normal” já é realidade na Cidade Pedra Branca e sempre será em nossos endereços — destaca o empreendedor.
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Com esse mesmo conceito de aliar serviços à tecnologia e aproximar as pessoas, o Grupo Pedra Branca também inaugurou, em 2015, o Passeio Primavera, na SC-401, na Ilha. O espaço é um convite a um novo estilo de vida e contém prédios comerciais, a estrutura da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE), além de uma série de lojas e estabelecimentos gastronômicos. A unidade está em ampliação, com novo prédio e praça, mas já pode ser frequentada por quem busca por espaços de convivência a céu aberto.
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