As cidades do Planalto Norte catarinense entram na terceira semana com cheias causadas pelas chuvas e moradores ilhados. Os municípios mais afetados são Porto União, Mafra e Três Barras, que juntos somam cerca de 750 desalojados. Algumas pessoas, inclusive, por conta das ruas alagadas, têm se deslocado de barco para ir ao mercado ou buscar por outros serviços básicos.
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Porto União segue sofrendo com os impactos da enchente e situação já é considerada a terceira pior dos últimos 100 anos, com estragos ao longo de todo o mês de outubro que, agora, permanecem nos primeiros dias de novembro.
De acordo com a prefeitura da cidade, o Rio Iguaçu segue subindo e, nesta quinta-feira (2), ultrapassou os sete metros e segue subindo com mais chuva registrada durante a manhã. O número é menor que o pico de 8,30m registrado semanas atrás, mas ainda está muito acima do normal. As primeiras famílias de Porto União são atingidas a partir de 5,5m e, na marca de 6m, o município entra oficialmente em situação de enchente.
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Como o Rio Iguaçu recebe águas de toda a bacia, que vêm do Paraná, a situação em Porto União sofre variações mesmo em dias sem chuva. Nos últimos dias, o nível rio chegou a baixar e alguns moradores até conseguiram voltar para casa, mas precisaram sair novamente. Conforme a última atualização, há 220 desalojados na cidade.
Já Mafra, o nível do Rio Negro, que corta a cidade, atingiu um dos maiores níveis dos últimos dias e ultrapassou os 9 metros na madrugada desta quinta-feira. Com cerca de 230 desalojados, 112 estão em abrigos da prefeitura e os demais em casas de amigos e parentes.
De acordo com a Defesa Civil, já foram registrados mais de 13 pontos de alagamentos na cidade, e as localidades atingidas são: Campo da Lança, Vila Argentina, Autódromo, Vila Ruthes, Vila Solidariedade, Campo do Peri, Miguel Bielecki, São Lourenço, Amola Flecha e Vila Buenos Aires.
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Em Três Barras, os rios Canoinhas e Negro, que cercam a cidade, estão com níveis acima dos 7 metros e há pontos na cidade que estão alagados desde o início das enchentes, na primeira semana de outubro.
Na cidade, há cerca de 250 desalojados, que estão sendo levados para os três abrigos fornecidos pelo município, e a chuva permanece nesta quinta-feira.
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