O secretário de Saúde de Santa Catarina, André Motta Ribeiro, falou na manhã desta quinta-feira (28), em entrevista ao Bom Dia Santa Catarina, da NSC TV, sobre a estratégia de regionalização das medidas de combate ao coronavírus.
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Esse novo plano que será adotado pelo governo, previsto para ter início na próxima segunda-feira (1º), vai dar autonomia aos municípios para decidir sobre a flexibilização ou não da quarentena. A retomada da circulação de ônibus, aulas e eventos, que seguem proibidos no Estado, será decidida a partir desse novo sistema.
André Motta Ribeiro justificou que a nova estratégia se faz necessária porque a expansão do vírus pelo Estado ocorre de maneira desigual. Ele explicou que o plano de ação contará com uma ferramenta de banco de dados para auxiliar as regiões a tomarem as decisões. A regionalização será feita a partir da subdivisão do Estado em 16 microrregiões e em quatro níveis de risco.
O secretário esclareceu que, com essa nova estratégia, caberá aos prefeitos darem a palavra final sobre a flexibilização ou não de serviços nas cidades, e que o Estado definirá a forma como essas liberações deverão ser feitas.
— A ferramenta vai apontar o risco sanitário e identificar uma série de ações que precisam ser tomadas regionalmente. Nesse primeiro momento, vai identificar o que já está posto de ação restritiva e entender se essas ações permanecem, se elas vão ser aumentadas, e também prevê a flexibilização — comentou.
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— Nós vamos apontar o risco. É obrigação do Estado apontar a forma como os serviços devem ser flexibilizado ou não. A dose (das restrições) depende do gestor local, que conhece melhor a sua realidade — disse ainda Motta.
Questionado sobre a possibilidade de os municípios não acatarem as orientações, como ocorreu recentemente com recomendações feitas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) a cidades do Oeste catarinense, o secretário André Motta Ribeiro argumentou que o momento agora é diferente porque o novo modelo envolveu uma discussão maior com os municípios.
Ele ressaltou que a discussão sobre o novo modelo foi feita em conjunto com a Federação Catarinense de Municípios (Fecam) e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Santa Catarina (Cosems), além do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) e do Ministério Público estadual (MPSC).
O anúncio sobre as mudanças na estratégia de combate ao coronavírus foi feito pelo governador Carlos Moisés (PSL) na quarta-feira (27), em Joinville, após uma reunião com prefeitos e empresários da região.
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Santa Catarina soma 7.372 casos confirmados de Covid-19 e 126 mortes pela doença, de acordo com dados da SES atualizados na quarta.