A Defesa Civil do Estado tem uma meta ousada para cumprir até o fim do ano: fazer com que todas as 295 cidades catarinenses tenham o órgão implementado em seu território. Para isso, o governo estadual irá distribuir kits básicos para as prefeituras, incentivando-as a dar o primeiro passo na criação dos órgãos – que também depende de legislações locais.

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Se o desafio for atendido, Santa Catarina será o primeiro estado brasileiro a ter 100% dos municípios legalizados e operando dentro dos critérios de Defesa Civil. Hoje, menos de 100 cidades têm o órgão estruturado no Estado.

Mas com a iniciativa do Estado – que vai desembolsar mais de R$ 30 milhões -, a orientação é que as cidades menores montem uma estrutura interna sem custo nenhum e a façam funcionar em caso de desastres, atuando de forma preventiva e antecipando problemas com enxurradas, deslizamento de terra e outras áreas de risco.

Os kits são compostos por 18 equipamentos básicos: um computador, um estabilizador, uma impressora, um televisor, uma câmera fotográfica, um GPS, duas trenas, cinco capas de chuvas e cinco pranchetas. Estes podem ser usados em trabalhos de identificação e mapeamento das áreas de risco. A distribuição ocorre entre agosto e setembro.

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– Será uma nova realidade da Defesa Civil no Estado. Nosso trabalho é sempre marcado pela prevenção e estar presente em todos os locais cria toda uma sensação de autoproteção nas pessoas – diz o secretário estadual da Defesa Civil, Milton Hobus.

Além disso, 77 cidades também estão na lista do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais, do governo federal, para receberem outro kit, que inclui um veículo de tração 4X4 e outros 31 equipamentos, como tablet e rádios transmissores. A distribuição começa nesta sexta e segue até o fim do ano.

Segundo o secretário nacional de Defesa Civil, Humberto Viana, um levantamento realizado nos últimos dois anos apontou 821 cidades brasileiras – entre elas, as 77 catarinenses -como sendo as de mais alto risco de desastres no país. O investimento do Ministério da Integração Nacional é de R$ 17,8 bilhões para todo o plano.

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