Cidade de SC que mais vacinou contra gripe não alcançou 50% da população

Apesar de Santa Catarina estar entre os 10 estados que mais vacinaram contra a gripe no país, em 2023, os municípios catarinenses não atingiram todos os moradores. Em números gerais, a cidade com maior índice de imunização não alcançou 50% da população, conforme levantamento exclusivo do NSC Total. O fim da campanha ocorre nesta sexta-feira (30), mas a vacina ainda segue disponível até que as doses acabem nos postos de saúde.

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Entre as menores e maiores cidades do Estado, em termos populacionais, São Miguel da Boa Vista registrou a maior taxa de vacinação contra a influenza. Conforme dados do Ministério da Saúde, 47% dos moradores totais se vacinaram — dos 1,7 mil habitantes, 854 receberam alguma dose.

A porcentagem acima de 40% é compartilhada apenas com outro município: Macieira, no Meio-Oeste. As outras cidades possuem números abaixo de 36% de alcance na população total.

SC ultrapassa 70 mil casos de dengue no semestre e tem maior número dos últimos três anos

Camboriú, na lista das mais populosas do Estado, é a cidade que menos imunizou moradores este ano. Apenas 14% da população se vacinou na cidade — número total de habitantes é de 103.074 mil. No ranking de menores índices da vacinação contra a gripe está também Itajaí, com 15%, Brusque e Joinville, ambas com 18% de imunizados.

Em toda Santa Catarina, apenas 22% dos moradores se vacinaram. O número inclui pessoas com e sem comorbidades, público-alvo e população geral. A média é feita pelo número total de habitantes.

De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), a meta de vacinação durante a campanha contra a influenza não foi alcançada e segue como um ponto de preocupação do Estado e municípios, principalmente pelo número alto de hospitalizações relacionadas a doença.

Situação de emergência, baixa vacinação e 1,1 mil UTIs ocupadas: como está o sistema de saúde em SC

Conforme o governo do Estado, dengue e influenza fazem parte dos maiores registros de casos graves em UTIs catarinenses. Devido a isso, foi decretado em junho situação de emergência nos hospitais públicos de Santa Catarina, que chegaram a registrar lotação máxima. Nesta sexta, ao menos 94% dos leitos de emergência estão ocupados.

— A campanha de vacinação começou em abril e o Estado prorrogou e ampliou ela para toda a população acima dos 6 meses de idade no decorrer do planejamento, mas mesmo assim a meta ficou abaixo do esperado. Reforçamos a vacinação, mais uma vez, principalmente por estarmos no período sazonal para o aumento no número de casos da doença. Temos 31 óbitos e mais de 400 casos confirmados que precisaram de hospitalização — afirmou a gerente de imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) Arieli Schiessl Fialho.

Veja como vacinaram as cidades mais populosas de SC

• Camboriú: 14% da população total vacinada
• Itajaí: 15% da população total vacinada
• Joinville: 18% da população total vacinada
• Brusque: 18% da população total vacinada
• Navegantes: 19% da população total vacinada
• Florianópolis: 21% da população total vacinada
• Lages: 21% da população total vacinada
• Balneário Camboriú: 21% da população total vacinada
• São José: 22% da população total vacinada
• Chapecó: 22% da população total vacinada
• Blumenau: 24% da população total vacinada
• Criciúma: 25% da população total vacinada
• Jaraguá do Sul: 25% da população total vacinada
• Palhoça: 27% da população total vacinada
• Tubarão: 30% da população total vacinada

Veja como vacinaram as cidades menos populosas de SC

• Santiago do Sul: 33% da população total vacinada
• Barra Bonita: 36% da população total vacinada
• Presidente Castello Branco: 27% da população total vacinada
• Lajeado Grande: 21% da população total vacinada
• Jardinópolis: 22% da população total vacinada
• Macieira: 42% da população total vacinada
• São Miguel da Boa Vista: 47% da população total vacinada
• Flor do Sertão: 36% da população total vacinada
• Alto Bela Vista: 36% da população total vacinada
• Paial: 33% da população total vacinada

Medidas que evitam transmissão do vírus

A vacinação é uma das medidas mais eficazes para prevenir o agravamento do quadro, evitando hospitalizações e mortes. Além disso, porém, outras medidas devem ser adotadas para reduzir a transmissão do vírus, como:

• lavar as mãos com frequência;
• utilizar lenço descartável ou o antebraço ao tossir ou espirrar;
• evitar tocar olhos, nariz e boca;
• não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
• manter os ambientes bem ventilados;
• evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;
• evitar sair de casa em caso de sintomas respiratórios;
• evitar aglomerações e ambientes fechados;
• adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.

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