Entre 2021 e 2022, cerca de 20 baleias foram enterradas em Jaguaruna, no Sul de Santa Catarina, segundo o Instituto do Meio Ambiente do município (IMAJ). Nesta quarta-feira (5), uma jubarte encalhou na Praia de Balneário Esplanada e, após tentativas de retirada do animal, biólogos decidiram pela eutanásia nesta quinta-feira (6). As informações são do g1 SC.

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Segundo Dhiego Corrêa, diretor do instituto, animais de outras espécies, que morreram na região, também já foram sepultados no município. 

A baleia-jubarte foi encontrada encalhada por um morador na quarta-feira. Equipes de resgate foram chamadas e, junto com outras pessoas, fizeram várias tentativas para que o animal voltasse ao mar, mas não conseguiram. 

Depois de 24 horas, a equipe decidiu pela eutanásia, já que as condições do local onde o animal encalhou, o tamanho e o estado de saúde não eram favoráveis, segundo a bióloga Karina Groch, do Instituto Australis. 

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Ainda não há data de quando a eutanásia será realizada. Após o procedimento, a baleia passará por uma necrópsia na praia e, depois, será enterrada pela prefeitura. 

— O grupo de pesquisa faz a coleta de material, a necropsia. Eles autorizando, é feito o sepultamento da baleia. A parte de maquinária está toda em prontidão — explica Dhiego Corrêa, diretor do instituto. 

Ele conta que, em 2021, quatro baleias da espécie jubarte foram enterradas em Jaguaruna. Também houve o sepultamento de baleias-francas. Os dados são das áreas entre a Barra do Torneiro e a Barra do Camacho. 

— Geralmente são animais mortos que encalham e a gente aciona o projeto EducaMar, que é a instituição que tem licença para monitoramento de pesquisa. Se houver necessidade, eles vêm no local, fazem uma coleta e os registros necessários, e depois é feito o enterro da baleia — diz. 

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Entre os casos de animais encalhados está de um filhote de baleia-franca, de cerca de 6 metros de cumprimento, que foi encontrado morto em setembro na Praia de Campo Bom.

Como funciona a eutanásia? 

Segundo a bióloga Karina Groch, a decisão pela eutanásia ocorreu porque a baleia é muito grande e as condições da maré e da onda de arrebentação são desfavoráveis para que o animal saísse da areia. 

— A zona de arrebentação é muito extensa. Um barco ficaria muito longe para o resgate — diz. 

A equipe, inclusive, faria uma tentativa para fazer ela voltar ao fundo do mar nesta quinta-feira, com o uso de embarcações para rebocar o animal, mas, como houve piora nas condições climáticas, o trabalho não pode ser realizado, segundo o Instituto Australis. Além disso, a previsão é de que o tempo continue assim nos próximos dias. 

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