O governo federal irá repassar, nas próximas semanas, cerca de R$ 600 mil em donativos para Praia Grande, no Sul de Santa Catarina. O município foi um dos mais atingidos pela passagem de um ciclone que atingiu o litoral catarinense na última semana. A estimativa é de que aproximadamente 4,5 mil pessoas tenham sido afetadas pelo fenômeno no local.

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O anúncio ocorreu nesta quarta-feira (21) após visita da equipe da Defesa Civil nacional, que esteve em Praia Grande vistoriando as áreas afetadas. Além de alagamentos em diversas ruas, a chuva também causou deslizamentos e quedas de pontes e estradas.

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De acordo com um balanço divulgado pela Defesa Civil, cerca de 300 pessoas ficaram desabrigadas e foram levadas a um ginásio, onde receberam assistência médica e social. Outras 1,2 mil ficaram desalojadas. Além disso, 200 ficaram isoladas no interior do município devido a estragos em pontes por conta da força da água. O número de atingidos ainda leva em conta crianças que não conseguiram ir à escola e famílias que ficaram sem energia e água.

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O secretário nacional de Defesa Civil, Wolnei Wollf Barreiros, alegou que o governo federal está empenhado em apoiar a cidade com recursos financeiros, técnicos e humanos. Segundo ele, cerca de R$ 600 mil em donativos serão repassados para a compra de cestas básicas, colchões, cobertores e kits de higiene para as famílias desabrigadas e desalojadas.

Conforme o prefeito Elisandro Machado (Fanica), a prioridade do município é garantir a segurança e o bem-estar da população, além de recuperar a normalidade da cidade.

Também nesta quarta-feira, o município recebeu as doações da campanha SOS Praia Grande, coordenada pela Cruz Vermelha de Criciúma. Entre 19 e 20 de junho, foram arrecadados mais de 1,5 tonelada de alimentos, 3.500 peças de agasalhos, cerca de 50 litros de produtos de limpeza e 70 cobertores, que foram encaminhados às famílias atingidas pelas chuvas.

De acordo com a prefeitura, a chuva começou por volta das 19h de quinta-feira (15) e afetou diversas localidades. Além disso, o centro da cidade foi impactado por alagamentos. A estimativa é de que 60% do município tenha sido afetado.

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— No momento mais crítico, acreditamos que mais de 60% do município virou corredeiras de rio, literalmente. Todos os nossos rios estouraram — pontuou o prefeito Elisandro Pereira Machado.

Equipes da Defesa Civil e os bombeiros atuaram nas ruas para atender as famílias desabrigadas. Ao menos 70 pessoas foram levadas a um abrigo, montado no ginásio municipal, após terem que deixar suas casas por conta da chuva que alagou diversas ruas. 

O fenômeno também causou o rompimento de encanamentos e adutoras. Por conta disso, o abastecimento de água na região ficou suspenso.

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