Há muitas razões para amar minha cidade. Muitas mais do que somente a de ter nascido

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em Joinville. Da maternidade Darcy Vargas fui direto para a Rua do Príncipe, 812, fundos. À

frente, a Casa de Tecidos Abílio, onde antes ficava a alfaiataria de meu avô, Theopompo Rocha. O espelho que refletia seu trabalho ainda está comigo. Ao lado, ficavam as residências dos Dinge, da inesquecível dona Alice, e a bela casa da saudosa frau Salfer. Mais adiante, a Sapataria Única, a Casa das Tintas, a quitanda do seu João Sell, a alfaiataria do seu Minatti, a farmácia Minâncora, o Clube Joinville, o bar de seu Vigando, o açougue Elite, a Móveis Cimo, a residência do bispo, o galpão da igreja onde se construíam sonhos

da nova catedral que hoje se projeta majestosa no coração da cidade.

Mais tarde, a Escola Conselheiro Mafra, o Colégio Santos Anjos, a Furj… muitas memórias para um tempo só. No ofício, chegam os então jardins de infância Botãozinho de Rosa, Zé Carioca, as Escolas Paul Harris e João Costa, Colégio Elias Moreira e a Univille. Alunos,

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colegas, amigos antigos, novos amigos, um mundo construído no cotidiano de minha cidade.

A Joinville que aprendi a amar com meus pais, Juracy e Affonso Zabbot, a respeitar no dia a dia da minha profissão, a conhecer melhor a partir de trabalhos que me deslocaram para os mais diversos espaços dessa cidade.

Os espaços são capazes de perpetuar nossas vidas. Muitas vezes não nos damos conta disso. Mas é neles que deixamos nossas marcas e que outros, ao lê-las, vão construindo as suas. E mesmo que deixemos nossa cidade, ainda assim, eles estão lá; e as pessoas que neles habitaram viverão para sempre porque, as lembranças são imortais enquanto vivem em nós; há pessoas e lugares que se constituem na metalinguagem da imortalidade.

Assim, quando nos sentamos, nas manhãs de sábado, no Mercado Público, no bar da Frau, ou andamos a pé pela rua das Palmeiras avistando o Museu dos Imigrantes, bate-nos uma nostalgia tão grande que quase morremos de lirismo e de saudades.

É por isso que amo minha cidade e por razões como essas é que todos devem amar as suas.

A maior economia

Rogerio Kreidlow

repórter de A Notícia

Joinville é a cidade mais populosa, com 525 mil pessoas, segundo estimativa mais recente do IBGE, e a detentora da maior economia de Santa Catarina, com um PIB de R$ 18,4 bilhões. Nos mesmos quesitos, é a terceira maior cidade do sul do país, atrás de

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Porto Alegre e Curitiba.

A indústria, ramo pelo qual a cidade é mais conhecida, alavanca-a para uma posição de ainda mais destaque. É o segundo maior PIB industrial do Sul, atrás apenas de Curitiba.

Em todos os setores, a cidade emprega cerca de 210 mil trabalhadores com carteira assinada e é a sexta que mais cresceu no país na última década. Ainda na parte econômica, o município é servido pelas rodovias federais BR-101 e BR-280, por trilhos de trem e por dois portos, o de São Francisco do Sul e o de Itapoá. É a líder catarinense em número de empresas exportadoras e o segundo município em volume de exportações e importações, atrás apenas de Itajaí.

As grandezas não param por aí. A cidade tem o 13ª melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do País, que mede educação, saúde e longevidade, e um PIB per capita de

R$ 35 mil por ano, o que alavanca a qualidade de vida. A educação alcança índices de excelência, demonstrados em pesquisas e no baixo analfabetismo. Nas feiras de negócios,

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no Festival de Dança, no Balé Bolshoi e na gastronomia, reforçada pela Via Gastronômica, tem seus maiores atrativos turísticos.

Em relação às belezas naturais, Joinville está a menos de uma hora do litoral e tem até um pedacinho de serra, no limite com Campo Alegre onde, no inverno, chegam a ocorrer geadas e temperaturas abaixo de zero. O município ainda possui características que lhe garantiram alguns dos títulos cativos ao longo do tempo, como o de Cidade da Dança, das Flores e das Bicicletas, meio de locomoção ainda bastante presente nos deslocamentos diários. As fortes origens germânicas, no entanto, hoje já se misturam a facetas multiculturais de uma cidade que atrai paranaenses, gaúchos, paulistas e gente do

exterior em busca da qualidade de vida que Joinville proporciona.

Saiba mais

? População: 526.338 habitantes

? Localização: Norte

? Área: 1.146 quilômetros

quadrados

? Emancipação: 15/03/1866

? Características: principal polo

industrial de Santa Catarina. Apesar

da industrialização, que levou a

cidade a ser a mais populosa do

Estado, mantém a harmonia com a

natureza, sendo cercada de matas

e serras e proximidade com as

praias. Os setores metalmecânico,

metalúrgico e plástico se destacam

na indústria. O setor de serviço,

igualmente, mostra sua força. É a

sede da única filial do Balé Bolshoi

fora da Rússia

? Atrativos: região rural, museus,

braços de mar, como a Lagoa

Saguaçu e praia da Vigorelli, setor

de serviços

? Pontos turísticos: Museu

Nacional da Imigração e

Colonização, Rua das Palmeiras,

Complexo Expoville, turismo rural

“Joinville é sem dúvida uma das cidades mais prósperas do país.”

Udo Döhler

Prefeito