Santa Catarina tem alerta para rajadas de vento de mais de 100 km/h entre esta terça (17) e a próxima quinta-feira (19), conforme um ciclone subtropical se aproxima do Estado. O fenômeno é acompanhado com atenção pelas autoridades, já que pode atingir até mesmo a categoria de furacão a depender de sua localização e intensidade. 

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O fenômeno se formou entre o Uruguai e o litoral do Rio Grande do Sul, onde causou alerta e ventania já na madrugada desta terça. Agora ele se desloca para Santa Catarina, na altura do oceano, causando ventos e levando umidade ao Estado. Ele também está associado a uma frente fria, o que explica o frio e a neve na região serrana.

Devido à sua intensidade, ele já passou a ser categorizado como uma tempestade subtropical pela Marinha do Brasil, autoridade metereológica no mar no país. Também por já estar nesta categoria, o fenômeno foi batizado. O nome escolhido foi Yakecan, que significa “o som do céu” em tupi-guarani. 

Ainda de acordo com a Marinha, há a expectativa de que ele passe a ser classificado como uma tempestade tropical ainda nesta terça, com ventos mais intensos.

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O ciclone tem direção inicial voltada para o alto-mar, mas há possibilidade de que ele retorne em direção à costa e toque o solo, o que é raro e incomum, também segundo a Marinha. A última vez que isso ocorreu foi em 2004, na ocasião do furacão Catarina.

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— [Com rajadas de vento] acima de 120 km/h, junto de outros fatores, ele é classificado como um furacão. A gente não chegou nessa situação ainda, mas pode virar. Há uma possibilidade de que isso aconteça a depender do vento, condições do mar, são vários componentes — disse Miguel Ivan, diretor do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em coletiva de imprensa na segunda (16).

Segundo a Epagri/Ciram, autoridade metereológica catarinense, a previsão até aqui é de rajadas de ventos entre 60 e 80 km/h no Estado. No Litoral Sul e no Planalto Sul, sob maior influência do ciclone, elas podem chegar a 100 km/h. A ventania ainda vai intensificar a sensação de frio.

A Defesa Civil no Estado emitiu alerta para ocorrências associadas aos ventos fortes, como destelhamento de estruturas mais precárias, quedas de árvores e postes, o que causaria também interrupção em serviços de energia.

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Também já há previsão de mar grosso, com ondas de até 6 metros de altura, e de ressaca na costa catarinense, segundo a Marinha.

Litoral e Planalto Sul são regiões sob maior risco por ventos fortes
Litoral e Planalto Sul são regiões sob maior risco por ventos fortes (Foto: Defesa Civil de Santa Catarina/Reprodução)

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