Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, teve pelo menos 450 registros de ocorrências em função do ciclone que atingiu os estados do Sul do Brasil na terça-feira (30). Assim que os ventos fortes chegaram à região, a queda de uma árvore fez uma vítima fatal na cidade, uma idosa de 78 anos. Em todo o Estado, nove pessoas perderam a vida durante a passagem do ciclone.

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O levantantamento da Defesa Civil municipal em Chapecó registrou 450 chamados por destelhamento de casas e empresas, quedas de galhos, árvores, para limpezas gerais, desobstrução de vias, entre outros. Mais de 25 mil m² de lonas foram distribuidos para a população afetada.

A cidade registrou rajadas de vento de até 108 km/h na terça-feira, conforme a Defesa Civil do Estado. Em termos de chuva, foram 38 milímetros, segundo a Epagri/CIRAM. Nenhuma família ficou desalojada ou desabrigada em Chapecó em função do ciclone, segundo o governo municipal. 

Conforme levantamento, pelo menos 15 escolas de educação básica e infantil tiveram prejuízos na rede elétrica, destelhamentos e estrutura danificada. Os bairros mais afetados foram o Quedas do Palmital, onde ocorreu a morte da idosa, Bela Vista, Engenho Braun, região da Av. Ernesto José De Marco (Araras), Santa Rita, Alvorada, Eldorado, Líder e Desbravador.

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Ciclone causou prejuízos em Chapecó (Foto: Secom Chapecó, divulgação)

Situação de emergência é decretada

Na tarde de quarta-feira (1), o prefeito Luciano Buligon decretou situação de emergência em função dos danos causados pelo ciclone. A partir da assinatura do documento, fica autorizada a convocação de voluntários para reforçar as ações de resposta ao desastre e a realização de campanhas de arrecadação de recursos junto à comunidade, sob a coordenação da Defesa Civil municipal. 

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Ciclone causou prejuízos em Chapecó (Foto: Secom Chapecó, divulgação)

As equipes envolvidas também ficam autorizadas a entrar nas casas para prestar socorro ou determinar evacuação. Com o decreto, ficam dispensados de licitação os contratos de aquisição de bens necessários às atividades de resposta ao desastre, de prestação de serviços e de obras relacionadas ao desastre, no prazo máximo de 180 dias.

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Ciclone causou prejuízos em Chapecó (Foto: Secom Chapecó, divulgação)