O ciclone que atinge Santa Catarina já deixa mais de 3 mil pessoas fora de casa apenas em Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí. Dessas, 242 estão em um dos cinco abrigos da prefeitura, e o restante em residências de familiares.
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Ao todo, a Defesa Civil local estima que 1.044 casas tenham sido dafinicadas pelo temporal na cidade, de cerca de 72 mil habitantes. Além disso, 10 unidades básicas de saúde estão fechadas, e serviços da prefeitura foram suspensos.
A chuva e o vento forte já provocaram danos em 94 cidades do Estado – número que quase quadriplicou se comparado ao boletim de Defesa Civil divulgado na manhã desta quarta-feira (4). Dessas, seis decretaram situação de emergência: Tubarão, Orleans, Forquilhinhas, Urubici, Maracajá e Araranguá.
Segundo a Defesa Civil, os municípios relatam alagamentos, deslizamentos, quedas de árvores e muros. Além disso, há rodovias e pontes interditadas – é o caso da Serra do Rio do Rastro, que foi transformada, entre os Kms 404 e 407, em um verdadeiro rio devido ao volume de chuva.
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Até o momento, duas pessoas morreram em decorrência da chuva: José Vieira Lima, 60 anos, e Nilson da Silva Lima, 40, foram encontrados dentro de um carro submerso em um rio no interior de São Joaquim, na Serra.
O boletim estadual diverge do de Rio do Sul e aponta que 595 moradores precisaram deixar suas residências: 420 estão desalojados, ou seja, foram pra casa de famílias, e 175 estão desabrigados e foram acolhidos em centros municipais e estaduais. Segundo a Defesa Civil do Estado, os dados informados foram enviados pelas prefeituras.
A quarta-feira foi marcada ainda pelo aumento dos níveis dos rios, que estão em alerta para inundação no Litoral Sul, Planalto Sul (com destaque para a Bacia do Rio Tubarão), Oeste e Meio Oeste.
A previsão do tempo aponta para o afastamento do ciclone para alto mar nesta quinta-feira (5) e o estabelecimento de uma massa de ar frio no Estado. Por conta da chuva dos últimos dias, o risco para deslizamentos e inundações permanece alto.
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Moradores se deslocam de barco por ruas alagadas
Na manhã desta quarta, o morador Jonathan Fucks precisou usar um barco para sair de casa, no bairro Canoas, em Rio do Sul, e ir para um lugar onde a água não o alcançasse. Ele conta que, por volta das 9h, a água já tinha chegado em sua garagem.
— Eu ainda moro num lugar mais aterrado, mas não escapo mesmo assim. Eu não tinha muita coisa, fico triste com as famílias — lamenta.
Serviços de saúde com atendimento suspenso em Rio do Sul
- UBS Barragem
- UBS Budag
- UBS Canoas
- UBS Santana
- CAM – Santana
- UBS Laranjeiras
- UBS Navegantes
- CAPS – Centro
- Academia de Saúde Laranjeiras
- CEAF (Rua Dom Bosco, Antigo Fórum)
Serviços suspensos da prefeitura
- CREAS no bairro Canoas
- CRAS no bairro Barragem
- Atividades da FMD
- Atividades da Fundação Cultural – Com restrições
- Educação Infantil e Ensino Fundamental do município
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Doações
Moradores precisam de doações de alimentos e materiais, que podem ser entregues na Obra Kolping, na Rua Adolfo Kolping, número 484. Confira as maiores necessidades:
- Alimentos para consumo rápido, como bolachas, pães, leite, café
- Água mineral
- Fraldas infantis descartáveis de todos os tamanhos
- Fraldas geriátricas descartáveis
- Absorventes
- Materiais de higiene pessoal: creme dental, escova de dente, sabonete, xampu
- Materiais de limpeza
- Ração para cachorro e gato