O ciclone bomba que deixou ao menos 10 pessoas mortas, 1,5 milhão de unidades consumidoras sem luz e causou destruição em todas as regiões de Santa Catarina na última terça-feira (3) foi o pior evento climático com ventos da história do Estado. O desastre superou o Furacão Catarina, em 2004 e o Tornado de Xanxerê, em 2015, segundo nota meteorológica divulgada neste sábado (4), pela Defesa Civil.
Continua depois da publicidade
> Puchalski explica a possibilidade de um outro ciclone atingir em SC
A instituição informou que durante a tarde da terça-feira foram registradas tempestades severas com ventos superiores a 100 km/h. Em Siderópolis, os ventos chegaram a 134km/h. Na nota, a Defesa Civil descreve que “165 municípios atingidos reportaram danos e destruição, ou seja, mais da metade dos municípios catarinenses”.
>Tornados podem ter passado por SC junto com ciclone, segundo Puchalski
A tempestade atingiu praticamente todas as regiões do Estado. Na quarta-feira, novas rajadas de vento foram registradas até o início da tarde em Santa Catarina. Os estragos foram tão grandes, que o governo de Santa Catarina decretou estado de calamidade pública.
Continua depois da publicidade
> “Achei que tinha perdido o meu filho”, diz mãe de bebê soterrado durante ciclone em Florianópolis
A decisão foi anunciada pelo secretário João Batista Júnior, da Defesa Civil, em entrevista na manhã desta quinta-feira (2) ao Bom Dia Santa Catarina, da NSC TV.
> Ciclone, vendaval, tempestade, tornado e tufão: entenda a diferença
As ocorrências começaram a ser registradas no início da tarde de terça-feira, no Oeste catarinense, e avançaram para o litoral.
O ciclone, que é composto por uma área de baixa pressão, começou a se formar no norte da Argentina se deslocou em direção ao leste. A área de baixa pressão que cruzou os estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul ganhou forma de ciclone somente ao chegar sobre o oceano, no litoral gaúcho, durante a madrugada desta quarta-feira (30).
Continua depois da publicidade
> Veja o momento em que o vendaval arranca telhado de prédio em Jurerê, em Florianópolis
Além do ciclone, a frente fria que estava no Estado também gerou temporais. Foi a junção de ambas as condições de tempo que fez com que o estrago fosse maior.