Não é incomum para os catarinenses vivenciarem dias de frio intenso seguidos por dias em que os termômetros marcam mais de 30 ºC. Entretanto, a variação brusca na temperatura pode afetar a saúde respiratória da população, explicam especialistas. 

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De acordo com Renata Viana, médica pneumologista, os maiores afetados pela variação brusca da temperatura são as pessoas que possuem rinite alérgica e doenças pulmonares, como asma. 

 — As vias aéreas são mais estáveis em temperatura constante. Os mecanismos de defesa do nosso organismo reduzem durante o frio e o ar faz com que o nariz produza menos umidade e secreção, que é responsável por nos proteger de infecções causadas por microrganismos  — explica. 

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O médico clínico geral e integrativo, Carlos Jr. Braghini, explica que as mudanças bruscas de temperatura são comuns nas estações de transição, como o outono e primavera, entretanto, é necessário prestar atenção com o sistema imunológico.

— O frio faz com que a ação do sistema imunológico diminua. A primeira coisa que a gente tem que fazer quando acontece a queda de temperatura brusca é se proteger e se manter agasalhado —  diz. 

Além disso, pessoas com problemas cardiorrespiratórios precisam ter cuidado redobrado em dias de calor intenso, explica Carlos. 

—No calor tem mais chance de ter problemas cardiovasculares porque o sangue fica mais espesso, as pessoas acabam desidratando e a fluidez sanguínea diminui —  comenta o médico.

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Sintomas e cuidados 

A obstrução nasal, tosse e falta de ar são os principais sintomas que podem surgir com a variação brusca da temperatura, afirma a médica pneumologista, Renata Viana.

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— É importante manter as vias aéreas hidratadas: beber água, lavar o nariz com soro fisiológico, para manter a umidade necessária.  Além disso, manter a casa arejada, ter uma alimentação saudável, realizar exercícios físicos, dormir bem, ter as vacinas em dia e tratamento adequado das doenças respiratórias crônicas – orienta Renata.

Para o clínico geral, em dias de frio intenso, é necessário prestar atenção nos lugares fechados para evitar a contaminação por vírus e bactérias. 

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—Se está muito frio, eu tenho menos ventilação e acúmulo de gente. Dessa forma, a transmissão de agentes respiratórios de vírus e de bactérias acaba aumentando – alerta. 

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Outro cuidado importante, segundo o médico, é evitar colocar o corpo em situações de choque térmico. 

 —Devemos evitar sair do ar-condicionado e ir direto para exposição ao sol.  Além disso, é importante não deixar de lavar as roupas de inverno porque pode ter proliferação de ácaros e desenvolvimento de fungos, e isso pode impactar o sistema respiratório – finaliza Carlos.

Veja as fotos:

*Sob supervisão de Diane Ziemann.

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