Com as camisetas e calças guardadas em sacolas, as pessoas riam, sabiam que estavam “passando rídiculo”, mas era por uma boa causa. Com motes como “pelado você me vê” e “emissão zero de poluentes”, cerca de 50 ciclistas partiram da pista de skate da Trindade para passear pela cidade sem roupa. Eles querem mais respeito no trânsito e espaço para as bicicletas.
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Já é a terceira edição da “peladada” – ou “pedalada pelada” – onde ativistas saem com os corpos pintados, alguns somente com as roupas de baixo e outros com nada para se cobrir. O evento faz parte da World Naked Bike Ride, um movimento que começou em San Francisco, nos Estados Unidos, para questionar que ciclistas precisam diariamente defender sua dignidade no meio do tráfego das grandes cidades. O organizador da edição florianopolitana, Daniel de Araújo Costa explica que a manifestação não tem conotação sexual ou a celebração da nudez:
– Estamos é “pelados de segurança”, celebrando o corpo, que é o motor da bicicleta e a máquina mais perfeita que inventaram – diz Daniel.
Daniel conta que geralmente anda de capacete com luzes sinalizadoras e colete sinalizador, mas já foi atropelado cinco vezes:
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– Os motoristas falaram que não me viram, mas quando eu ando pelado todo mundo vê. Então está funcionando – brinca Daniel.
Apesar de lúdico, a manifestação dos pelados levantava bandeiras mais sérias, como o aumento da quantidade de ciclovias, a aplicação da Política Nacional de Mobilidade Urbana e mais respeito no trânsito.
– A bicicleta é mais democrática, qualquer um pode ter, e promove, ao mesmo tempo, a saúde e a paz no trânsito – afirma o organizador da peladada.
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Assista ao vídeo do passeio: