Caio Godoy. Guardem este nome, pois daqui a três anos, quando o Brasil sediará pela primeira vez uma edição dos Jogos Olímpicos, ele pode brilhar e ser ovacionado como um dos gigantes do ciclismo mundial. Atleta da equipe de Criciúma, o jovem de 17 anos é uma das promessas de Santa Catarina e do país para conquistar medalhas em uma competição historicamente dominada pelos europeus.
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Natural de Campinas (SP), Caio vive há três anos em Criciúma, no Sul do Estado, onde treina com mais de 50 atletas de alto rendimento com idades entre 14 e 18 anos. A equipe da qual é integrante é referência na revelação de talentos, como Rafael Andriato, que disputa importantes competições internacionais na Europa, assim como o catarinense Murilo Fischer, natural de Brusque e que já disputou quatro Olimpíadas
– Criciúma é uma referência. Se houvesse mais equipes como essa no Brasil, o nosso ciclismo seria bem melhor – diz Hernandes Quadri Junior, bicampeão do Tour de SC, em 1992 e 1995; participante das Olimpíadas de Barcelona, em 1992, e Atlanta, em 1996; e técnico da Seleção Brasileira de 2009 a 2012.
E assim como os ídolos, o jovem Caio vem se destacando a capa prova que participa. Em 2012, disputou o Campeonato do Mundo, na Holanda. Só neste ano, já venceu a Volta do Futuro de São Carlos (SP), a Volta da Juventude do Uruguai e as 500 Milhas do Norte do Uruguai. Em julho, disputará o Panamericano, na República Dominicana, e em setembro vai para mais um Mundial, na Itália. E agora, no 24º Tour de Santa Catarina, vestiu a camisa branca, destinada ao líder da categoria Junior e batizada de Promessa Olímpica.
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Em Criciúma, Caio treina durante o dia e estuda à noite. O treinador dele, Gustavo Freitas, o Maninho, que também disputa o Tour de SC e já foi técnico da Seleção Brasileira Junior de 2005 a 2011, destaca o talento e a dedicação do jovem, e aposta nele como uma possibilidade de sucesso no Rio de Janeiro, em 2016.
– Ele não tem apenas potencial, mas também tem cabeça. E é isso que faz um atleta vencedor – opina Maninho.
Caio sabe das dificuldades de chegar à Olimpíada e, principalmente, de conquistar medalha. Porém, garante estar trabalhando duro não só para estar entre os melhores em 2016, mas já sonha mais longe e planeja os Jogos de 2020 (a decisão entre Istambul, na Turquia; Madri, na Espanha; e Tóquio, no Japão, deve sair ainda este ano) e 2024 (Casablanca, no Marrocos; Durban, na África do Sul; e Alexandria, no Egito, são apontadas como possíveis candidatas). Afinal, ainda é um garoto de apenas 17 anos que tem muito o que aprender e viver, mas já conta com experiência e força de vontade dignas dos grandes campeões.
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– Estou trabalhando para isso, e chegarei em 2016 em boa fase e com grandes chances de ir e me dar bem nas Olimpíadas do Rio de Janeiro.