Dois meses depois de ser atropelado, Manoel Pereira Costa, 24 anos, segue internado no hospital, em Blumenau. Ele ia para o trabalho quando foi atingido por um veículo às margens da BR-470, no bairro Badenfurt. Agora, está apto para receber alta, mas não tem para onde ir, segundo relata a irmã, Ana Pereira.
Continua depois da publicidade
Manoel é natural do Maranhão e veio para Blumenau há quatro anos, em busca de uma oportunidade de trabalho. Nos dias que antecederam o acidente, ele morava no mesmo local que o amigo José Marcondes Moreira, 26 anos, que morreu após a colisão. Desde então, dois irmãos de Manoel vieram para a cidade prestar assistência, mas não têm dinheiro para alugar uma casa e cuidar do jovem, que atualmente não fala, não anda e não reconhece os familiares, de acordo com a irmã dele.
Manoel ficou um mês e meio internado no Hospital Santa Isabel e depois foi transferido para o Hospital Misericórdia, que fica na Vila Itoupava. Ana está provisoriamente hospedada na casa da ex-mulher do irmão, e tem se mantido com recursos que o marido envia para ela.
– A assistência social do hospital já disse que precisamos resolver logo isso, porque ele não pode mais ficar lá, pois há risco de infecção – conta.
Conforme os relatos de Ana, o Hospital Misericórdia teria se prontificado a emprestar uma cama hospitalar para Manoel, mas eles precisam de uma casa para morar ou então de recursos para retornar ao Maranhão. A irmã diz que não tem condições de trabalhar, pois acompanha Manoel o dia inteiro na unidade hospitalar.
Continua depois da publicidade
A ideia é que, conseguindo uma casa para ficar, o outro irmão possa arrumar um emprego e manter a família até que Manoel se recupere plenamente. Para Ana, o melhor seria os três retornarem para o Maranhão, mas o custo de transportar um paciente acamado é muito alto e a família não consegue arcar com as despesas.
Ela espera que a ajuda venha de Frank Linshalm, 52 anos. Ele conduzia o carro que atingiu Manoel e o colega. Segundo Ana, o advogado do suspeito já fez contato com a família e afirmou que o cliente prestará assistência, o que ainda não teria ocorrido.
O advogado de Linshalm, Odair Bosse, preferiu não passar detalhes sobre o caso, mas reiterou “que foram passadas à irmã do acidentado todas as informações do seguro, sendo que a mesma mantém contato direto com a seguradora”.
O gestor do Hospital Misericórdia, Hélio Klettenberg, conversou com a reportagem. Segundo ele, existe a possibilidade de o hospital emprestar a cama ao paciente, mas isso depende de autorização. Já as informações sobre o estado de saúde de Manoel, ele diz que são sigilosas e não passou detalhes.
Continua depois da publicidade