Mais da metade dos usuários da companhia estatal de telefonia de celular da Venezuela ficaram sem o serviço após um ataque cibernético, informou o governo nesta quinta-feira (10).

Continua depois da publicidade

— Essas ações terroristas que afetaram a plataforma GSM de Movilnet, na quarta-feira (9), deixaram sem comunicação sete dos mais de 13 milhões de usuários que registra a operadora estatal — disse ministro de Ciência e Tecnologia, Hugbel Roa, em comunicado.

Segundo o responsável, essa foi a última escalada contra o sistema de telecomunicações venezuelano, que iniciou, na segunda-feira (7), um maciço ciberataque que tirou do ar dezenas de sites de entes públicos e empresas privadas. Um grupo de hackers que se autodenomina The Binary Guardians reivindicou o ataque, que afetou sites do governo, da Corte Suprema e do Parlamento.

Leia mais:

Continua depois da publicidade

Constituintes tomaram Palácio Legislativo à força, diz Congresso da Venezuela

Constituintes tomaram Palácio Legislativo à força, diz Congresso da Venezuela

Maradona manda mensagem de apoio ao presidente da Venezuela: “Somos chavistas até a morte”

Na Venezuela, funcionam outras duas operadoras privadas: a Movistar, da espanhola Telefônica, e a Digitel, que foi obrigada pelo governo a voltar atrás no aumento de suas tarifas, apesar da inflação que, segundo o FMI, ultrapassa 720% neste ano.

O ministro denunciou que foram registrados nove cortes na rede de fibra ótica, que deixaram sem serviço de internet, já bastante precário, sete Estados.

Continua depois da publicidade

— Os atentados se materializaram com a colaboração de agentes estrangeiros, tentando mais uma vez interromper o sistema de conectividade de nossa nação — indicou Roa, assegurando que os organismos de segurança do Estado abriram uma investigação.