A CIA, agência de espionagem americana, liberou na quarta-feira mais de 250 documentos anteriormente classificados (Secretos), num total de 1,4 mil páginas, sobre o processo de paz no Oriente Médio.
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Os papéis e imagens cobrem o período de janeiro de 1976 a março de 1979 e foram produzidos pela CIA para apoiar as iniciativas diplomáticas do então presidente Jimmy Carter que levaram à paz entre Egito e Israel. Por seu papel no processo, o presidente do Egito, Anwar Sadat, e o primeiro-ministro de Israel, Menachem Begin, receberam o Prêmio Nobel da Paz de 1978. No ano seguinte, os dois países assinaram um tratado de paz e o estabelecimento de fronteiras, colocando fim a 31 anos de conflito e abrindo caminho para a ajuda bilionária americana ao Egito.
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Entre os documentos divulgados, estão dois relatórios nacionais de inteligência sobre o Egito e a correlação de forças no Oriente Médio e extratos do manual da CIA preparado especialmente para Carter a respeito das negociações. Numa demonstração de que a espionagem não é um fenômeno novo, há perfis dos líderes dos encontros em Camp David (residência presidencial de verão americana, onde se iniciou oficialmente o processo) e 400 páginas de relatórios do Serviço de Informação sobre Comunicação no Exterior.
– Eles (Sadat e Begin) sempre queriam voltar ao que havia acontecido nos últimos 25 anos, com quatro guerras e meninos mortos e bombas lançadas – disse Carter em 1988 sobre o início das conversas de Camp David, 10 anos antes.
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