Santa Catarina chegou a esta quarta-feira (12) com ao menos 11 cidades em situação de emergência por contas das chuvas que atingem todo o Estado desde a noite do último domingo (9). Todas elas estão localizadas entre o Meio-Oeste e o Oeste Catarinense.
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Na região de Xanxerê, no Oeste, a mais afetada até aqui, segundo a Defesa Civil, os municípios de Abelardo Luz, Bom Jesus, Ipuaçu, Ouro Verde, Passos Maia e São Lourenço do Oeste também passaram a ter decretos em resposta aos estragos, depois de Coronel Martins ter adotado medida semelhante.
Em Abelardo Luz, nove famílias do bairro Aparecida tiveram suas casas alagadas. Ainda na cidade, uma balsa se soltou no rio Chapecó após o rompimento de um cabo de aço e está sendo levada pela correntenza.
Em São Lourenço do Oeste, 22 pessoas ficaram desalojadas e moradores da linha Lajeado Grande ficaram ilhados devido a alagamentos. Já em Coronel Martins, foram afetados cerca de 2 mil munícipes, o equivalente a 78% da cidade.
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Também na região, em São Domingos, houve rompimento de uma barragem da Casan e dois bairros acabaram ilhados, exigindo resgate de moradores pelo Corpo Militar de Bombeiros de Santa Catarina (CMBSC).
Ainda no Oeste Catarinense, mas na região de Chapecó, as cidades de Quilombo e Coronel Freitas também já têm decretos de emergência. Elas têm sido afetadas pelo estado de cheia do rio Chapecó, que provocou estragos também em outros municípios. Em Águas de Chapecó, por exemplo, casas ficaram completamente inundadas.
— Houve mais danos em pontes e estradas no interior dos municípios — disse, ao Diário Catarinense, Vilson Antônio Zamboni, que chefia a coordenadoria regional da Defesa Civil em Chapecó e listou haver ainda famílias desalojadas e ocorrências de deslizamentos em Nova Itaberaba, São Carlos, Planalto Alegre e Águas Frias.
Já no Meio-Oeste, na região de Caçador, cortada pela rio do Peixe, foi decretada situação de emergência nas cidades de Videira e Rio das Antas. Na primeira delas, houve queda de encostas e alagamentos de áreas centrais. Além disso, cinco famílias já precisaram buscar abrigo em um ginásio de esportes municipal. Já no outro município, moradores precisaram deixar suas casas devido a enxurradas e deslizamentos.
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Alto Vale do Itajaí
Neste quarto dia seguido de chuvas, a região do Alto Vale do Itajaí passou a ganhar maior atenção das autoridades, com destaque para Rio do Sul, onde o rio Itajaí-Açu entrou em estado de emergência para a possibilidade de enchente, ao passar de 6,5 metros de altura — às 8h desta quarta, estava em 7,37 metros.
A esse nível do rio, a água já atinge ruas no entorno. Se ele ultrapassar 7,5 metros, casas também serão afetadas, em especial as dos bairros Bela Aliança, Cohab e Taboão, além da rua Henrique Müler. Por ora, no entanto, o rio tem altura estabilizada, já que a chuva na cidade deu breve trégua desde as 20h desta terça (11). Rio do Sul já tem 12 famílias que precisaram deixar suas residências e estão divididas agora entre três abrigos improvisados. O número de afetados, no entanto, deve aumentar.
— Estamos com uma demanda reprimida de ontem à noite, das famílias que solicitaram a condução de seus materiais aos abrigos ou que deixaram suas casas preventivamente — afirmou o coordenador da Defesa Civil local, Renato Abreu, à reportagem.
Previsão do tempo
A chuva deve ser amenizada nesta quarta, de acordo com a Epagri/Ciram, autoridade meteorológica catarinense, tendo episódios isolados. Nesta quinta e sexta (13), no entanto, o tempo voltará a ficar instável em todo o Estado. No sábado (14), Santa Catarina ainda terá chuva isolada no Vale do Itajaí e nas cidades litorâneas.
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