As fortes chuvas que atingiram Natal (RN) nos últimos dias deixaram aproximadamente 130 famílias fora de casa, conforme a Secretaria do Trabalho e Assistência Social (Semtas) do município. O balanço foi atualizado nesta segunda-feira, dia da publicação do decreto de estado de calamidade pública. Sede da Copa, a cidade recebe, às 19h, a partida entre Estados Unidos e Gana na Arena das Dunas.

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Apenas no bairro Mãe Luiza, na Zona Leste, são cem famílias atingidas. Moradores da região foram levados para uma escola municipal e para igrejas ou estão na casa de familiares. Em outros pontos da capital potiguar, a secretaria cadastrou 30 famílias afetadas.

– A situação mais crítica já passou, mas ainda há previsão de chuva. Estamos em alerta 24 horas por dia, com todo o contingente trabalhando. O dever da Defesa Civil é cumprido – afirmou a ZH o diretor do Departamento de Defesa Civil da cidade, Eugênio Soares, ressaltando que não há registro de mortes devido ao desastre.

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Em dois dias, chove mais do que em um mês

De acordo com o meteorologista Celso Oliveira, da Somar Meteorologia, choveu 350 mm entre sexta-feira e sábado na cidade. O número é maior do que a média para 30 dias, que fica próxima de 290 mm.

Até o início da tarde desta segunda-feira, o dia estava nublado, mas a previsão era de mudança no tempo.

– Pode ter chuva forte entre a tarde e a noite – disse o meteorologista.

O alerta também é feito pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec).

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Decreto de calamidade relata deslizamento e erosão

No decreto de estado de calamidade pública, assinado pelo prefeito Carlos Eduardo Nunes Alves, são relatadas situações como deslizamento de encosta, erosão e transbordamento de lagoas, que deixaram moradores desabrigados e desalojados.

Com o estado de calamidade pública, fica autorizada a mobilização de todos os órgãos municipais para atuarem sob a coordenação da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Semdes), convocação de voluntários para reforçar as ações voltadas ao reparo dos estragos e realização de campanhas de arrecadação de recursos junto à comunidade.

Greve nos ônibus também altera rotina

Motoristas e cobradores de ônibus de Natal permanecem em greve nesta segunda-feira. A categoria quer 16% de reajuste salarial, índice que os empresários rejeitam, alegando falta de condições para arcar com os custos. Com a intermediação do Ministério Público do Trabalho (MPT), foi feita a proposta de 5,82%, que não foi aceita.

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