A chuva desta segunda feira ajudou a recuperar parcialmente as barragens de captação, principalmente na região Oeste, onde deu um fôlego de pelo menos uma semana.
Continua depois da publicidade

De acordo com o superintendente regional da Casan no Oeste, Daniel Scharf, o reservatório da barragem Engenho Braun, no Lajeado Sâo José, subiu 1,5 metro nesta quinta-feira. Em Chapecó choveu 36 milímetros segundo a Epagri.
– O reservatório chegou a 50% da capacidade e não temos mais intermitência no abastecimento. Também não temos mais manobras de registro. Mas ainda ficamos em situação de alerta pois não sabemos quantos dias o Lajeado consegue se manter com essa chuva e também porque não há previsão de muita chuva nas próximas semanas. Temos que manter o uso racional da água – disse Scharf.
Ele afirmou que a precipitação desta segunda-feira também normalizou as barragens em Seara, Iporã do Oeste e Anchieta, onde havia preocupação. Em Jaborá, que estava recebendo água em caminhões-pipa, a situação também foi resolvida com o conserto de um vazamento.
Continua depois da publicidade
Atualmente só Águas Frias continua recebendo água com caminhões-pipa.
> Em site especial, saiba tudo sobre o coronavírus
O hidrologista Guilherme Miranda, do Centro de Informações e Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (Ciram/Epagri), disse que no Oeste, até Concórdia, os volumes foram bons, com 51 milímetros em São Miguel do Oeste, 42 milímetros em Maravilha e 43 milímetros em Concórdia, até o final da tarde de quinta-feira.
Já no Meio-Oeste, uma das regiões mais atingidas pela estiagem, as chuvas foram de 22 a 30 milímetros, até o final da tarde. No Planalto Sul, onde há problemas na captação para São Joaquim, a chuva foi de 12 a 20 milímetros.
– É uma chuva para manter, mas que não recupera. Se considerarmos uma evapotranspiração de uma planta em cinco milímetros por dia, dá para sete dias num lugar que choveu 35 milímetros. É uma chuva que fica ainda na camada superficial mas que não recupera o lençol freático – disse Miranda.
Ele afirmou que há um déficit de mais de 500 milímetros nos últimos 12 meses, num total esperado de 1,5 mil milímetros. Por isso não há “gordura” para queimar. Há previsão de uma nova chuva somente entre os dias 13 a 19 de abril.
Continua depois da publicidade
Essa chuva também já ajuda na agricultura, principalmente para quem semeou ou pretende semear as pastagens.
Nesta quinta-feira o Governo do Estado anunciou algumas medias de subsídio de juros e adiamento do pagamento de parcelas de financiamento para agricultores e pescadores.