Pelo menos 28,8 mil catarinenses foram afetados pela chuva. O Estado contabiliza 90 municípios atingidos, com 8,7 mil residências impactadas. No total, são 21.395 desalojados em casas de parentes e amigos e 2.367 em abrigos.

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As regiões mais atingidas são o Alto Vale do Itajaí, Planalto Sul e Oeste catarinense. Lages e Rio do Sul são as cidades mais afetadas pelas enchentes, com 406 e 1027 desabrigados, respectivamente. Nos últimos três dias, foram registrados 43 deslizamentos. Além disso, pelo menos 89 mil alunos da rede pública estadual não terão aulas na quarta-feira e sem previsão de retorno.

Alunos também são impactados pela chuva. Cerca de 186 escolas não abrirão as portas nesta quarta-feira e mais de 89 mil alunos não terão aulas e sem previsão de retorno.

A Secretaria de Educação de SC pede que os pais façam contato com as escolas para mais informações sobre o andamento das aulas. As escolas que tiveram suas aulas canceladas farão a reposição, em novo calendário a ser definido pela Gerência Regional de Educação e as escolas.

Desde o meio da tarde de terça-feira, os principais rios de Santa Catarina registraram redução dos níveis, segundo a Epagri/Ciram. Mas nas estações Encruzilhada II, em Otacílio Costa e Rio Bonito, em Bocaina do Sul, o nível de água estava subindo na manhã desta quarta-feira. Nos dois pontos, a condição ainda é considerada situação de emergência para enchente.

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A chuva também deu uma trégua à tarde. Em Lages, que registra a maior cheia desde 2011, choveu apenas três milímetros nas últimas 24 horas. Os maiores volumes desde a manhã de terça-feira foram no Norte do Estado, em Rio Negrinho (24 mm), Mafra (22 mm), São João do Itaperiú (22 mm), Itaiópolis (21 mm). Somando o acumulado de chuva desde sábado, a Serra catarinense foi a região mais impactada até o momento.

Segundo a Defesa Civil, as barragens do Alto Vale estão desempenhando papel fundamental na prevenção de enchentes. Às 9h desta quarta-feira, a barragem Vale Sul, de Ituporanga, está totalmente cheia, vertendo cerca de 1,17 metro de água. A barragem Vale Oeste, de Taió, tem 79% do reservatório ocupado e opera com três comportas abertas. Em José Boiteux, a barragem voltou a operar na noite de segunda-feira, após três anos depois de negociações entre o governo do Estado e indígenas, e está com 13% do reservatório ocupado.