Joinville registrou 565 milímetros de chuva em fevereiro, sendo 146% a mais do que a média histórica de 230 milímetros para o mês. Ao todo, 23 bairros tiveram pontos de alagamentos durante o mês por causa das chuvas.

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Segundo o engenheiro civil da Defesa Civil, Robison Negri, fevereiro foi um mês atípico e registrou grandes volumes de chuva em períodos curtos de tempo.

— Devido à condição natural de drenagem de Joinville e à sua condição morfológica, que é a forma do terreno, temos duas situações: planícies e morros em elevado grau de decomposição, que não são morros rochosos, mas com solo — explica.

— Isto nos causa dois tipos de problema de ocorrência. Nas partes planas e baixas, alagamentos. Nas ocupações das encostas dos morros, deslizamentos de terra. E estes dois eventos estão relacionados com as precipitações que ocorrem no início do ano — completa.

A Defesa Civil atendeu 73 ocorrências em fevereiro contra 100 ocorrências no primeiro mês do ano. Segundo o coordenador de Prevenção do órgão municipal, Maiko Bindermann Richter, o que causou a diferença foi a distribuição das chuvas. Em janeiro, 19 bairros tiveram registro de alagamento.

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— A diferença acontece justamente pelo local que foi atingido pelas chuvas. Quando atinge uma região mais urbanizada, gera um maior número de ocorrências, como aconteceu em janeiro — explica.

Região Norte teve maior registro de chuvas em fevereiro

Em janeiro, a região Sul da cidade foi mais atingida, onde há grande concentração de moradores, e, em fevereiro, a região Norte teve maior registro de chuvas, principalmente Pirabeiraba, área com grande extensão rural.

Das 173 ocorrências registradas neste ano, 34 foram quedas de árvores ou avaliação para corte, 39 deslizamentos de terra, 23 colapsos de edificação (rachaduras, desabamento parcial ou total de telhado, etc) e 36 colapsos de muros. As demais ocorrências foram erosões, verificações de fiação elétrica, estruturas, terraplanagem e outras.

Casas interditadas e pessoas desalojadas

Cinco casas foram interditadas por causa das chuvas no mês de fevereiro, somando 12 pessoas desalojadas. Uma família ficou desabrigada e precisou utilizar o abrigo preparado pela Secretaria de Assistência Social (SAS). As demais famílias se alojaram em casas de parentes e amigos.

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As casas interditadas ficam nas ruas Curte Jansen (duas) e Gustavo Nass, no Rio Bonito, na rua Ortílio Leandro dos Santos, no Petrópolis, e uma em uma área de ocupação indevida também na região do Rio Bonito.

Segundo o gerente da Defesa Civil, Márnio Pereira, todas as ocorrências são registradas e depois são realizadas vistorias preliminares, pelos técnicos. Após a verificação das ocorrências, são feitas as visitas técnicas.

— As visitas técnicas avaliam as condições dos terrenos e das construções. Neste ano foram realizadas 32 visitas técnicas — conta.