Uma das maiores chuvas de meteoros registradas no Brasil terá seu pico na madrugada desta quarta-feira (14). São esperadas quedas de cerca de 100 meteoros por hora. Fragmentos de corpos celestes, como asteroides, os meteoros poderão ser vistos a olho nu no céu de todo o Brasil.
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O físico Claudio Bevilacqua, do Observatório Astronômico da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), explica que a previsão é de 100 a 120 meteoros por hora e que eles podem atingir 35 quilômetros por segundo.
A previsão de início da chuva de meteoros desta madrugada é em torno das 22h desta terça (13), quando nasce a constelação de Gêmeos, que dá origem ao seu nome: Geminídeas.
O pico do fenômeno ocorre entre 0h e 1h de quarta, momento ideal para visualizar os meteoros mais brilhantes. Ele destaca que o brilho dos fragmentos fica prejudicado pela poluição luminosa das cidades.
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Por isso, a melhor observação é feita em lugares mais escuros, longe das luzes, como o campo. Ainda assim, o fenômeno poderá ser visto a olho nu em todos os estados do Brasil.
O pesquisador Carlos Fernando Jung, responsável pelo Observatório Espacial Heller & Jung, localizado em Taquara, na região metropolitana de Porto Alegre, conta que o fenômeno acontece todos os meses de dezembro, quando a Terra entra na mesma órbita desses fragmentos.
Eles, então, são atraídos pela Terra e alguns conseguem passar pela atmosfera, formando a chuva de meteoros. Esta, que já cai há duas semanas, é originária do cometa Phaethon.
Após o pico da madrugada, a chuva de meteoros perde força, mas ainda acontece pelos próximos dias, até o Natal.
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Jung lembra que 95% dos meteoros são extintos na entrada de nossa atmosfera. Os que conseguem passar e atingem o solo podem ser de tamanhos bem diferentes, chegando a pesar vários quilos.
— Eles podem cair em qualquer lugar. Ainda não existe meio para ser prevista esta queda. Somente grandes corpos, como asteroides, podem ter quedas previstas — aponta o pesquisador.
Os meteoros previstos para esta madrugada, porém, não devem chegar ao solo.
— Eles geralmente queimam no atrito com atmosfera e dificilmente atingem o solo — observa Bevilacqua.
Nas cidades onde o céu estiver encoberto por nuvens, é possível acompanhar a chuva de meteoros pela transmissão em tempo real do observatório.
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*Reportagem de Mauren Luc