A chuva intensa no final da noite de quinta-feira (6) e madrugada desta sexta-feira (7) causou alagamentos em diversos pontos de Joinville. O evento climático foi provocado por uma circulação marítima, que concentrou a chuva na região Norte de Santa Catarina. Essa previsão deve durar até o começo da próxima semana.
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O volume nas últimas 8 horas registrou o acumulado de 61 milímetros, o que corresponde a aproximadamente dez dias de chuvas. Por isso, ocorreram diversos pontos de alagamentos nas regiões do Centro, Sul, Oeste e Norte da cidade.
Por volta das 2 horas foi registrado um pico de maré de 1,9 metro, o que ampliou o volume de alagamentos no entorno do leito do rio Cachoeira, no Centro. A área do terminal central de ônibus e ruas próximas apresentaram situações de difícil acesso de veículos.
Por causa disso, a operação do serviço de ônibus, iniciada as 4 horas da madrugada, foi feita de acordo com o Plano de Contingência para dias de chuva. Em algumas situações os embarques e desembarques foram realizados em áreas próximas do terminal, que não apresentavam riscos aos usuários.
Devido a chuva que se mantém, algumas vias da região central continuam com alagadas, a exemplo da rua Itajaí, que foi interditada durante a manhã por agentes de trânsito. O serviço de transporte público está operando normalmente.
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Quedas de muro e deslizamentos
Com a previsão de chuva persistente até segunda-feira (10/02), a Defesa Civil de Joinville intensifica o alerta dos riscos de deslizamentos devido ao solo encharcado. Nas últimas 72 horas choveu 170 milímetros, o que representa mais cerca de 20 dias de chuvas para o período.
Nas últimas dez horas, a Defesa Civil notificou oito registros de pequenos deslizamentos em terrenos residências. Equipe da Defesa Civil realizou vistorias nos locais e orientou os proprietários. No momento não há registros de desabrigados ou desalojados.
Foram registradas duas quedas de muros no bairro Floresta. No bairro Paranaguamirim, a cobertura de uma garagem, em casa desocupada, desabou e atingiu um muro vizinho.
Recomendações da Defesa Civil
Deslizamentos de terra: atenção a qualquer movimento de terra ou rochas próximas às residências, inclinação de postes e árvores e rachaduras em muros ou paredes. Neste caso, é recomendável que a família saia de casa e acione a Defesa Civil Municipal, pelo telefone 199, ou Corpo de Bombeiros, pelo telefone 193.
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Tempestades: proteja-se em local abrigado, longe de placas, de árvores, de postes de energia e de objetos que podem ser arremessados. Se não encontrar um abrigo, agache-se com os pés juntos, com a cabeça encostada em seu peito ou entre os joelhos e as mãos cobrindo suas orelhas ou apoiadas em seus joelhos. Se estiver na praia, jamais fique na água. Se estiver em casa ou qualquer outro local abrigado, desligue os aparelhos eletrônicos, não use o telefone, fique longe das janelas e lembre-se, o banheiro em alvenaria é o melhor local durante uma tempestade.
Alagamentos/inundações: evitar o contato com as águas e não dirigir em lugares alagados. Evitar transitar em pontilhões e pontes submersas e cuidado com crianças próximas de rios e ribeirões.
Enxurradas: não fique próximo às margens de rios e ribeirões, principalmente em regiões de relevo acentuado, montanhoso e pequenos vales, pois muitas vezes há temporais intensos sobre os topos e cabeceiras, gerando repentinamente grande quantidade de água num curto espaço de tempo. Este tipo de evento adverso apresenta grande poder destrutivo, podendo arrastar veículos, pessoas, animais e mobílias por vários quilômetros. A força das águas pode ainda provocar o rolamento de blocos de pedras, arrancar árvores, destruir edificações e causar deslizamentos de terra nas margens.