Chuva, calor e La Niña: o que esperar da primavera em SC

A primavera está prevista para começar nesta quinta-feira (22) em todo hemisfério Sul, a partir das 22h04min. Em Santa Catarina, a época de transição entre o inverno e o verão é marcada pelo aumento das chuvas e das temperaturas. 

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Este ano, a região sofre também influência do fenômeno La Niña, que é caracterizado pela diminuição da temperatura das águas da região central do Oceano Pacífico. Como consequência, SC tem mais riscos de eventos extremos, como chuva forte em intervalos curtos de tempo, temporais com raios, granizo e ventania, segundo a Epagri/Ciram. Neste período do ano, o La Niña também causa uma diminuição dos volumes de chuva. 

O início da primavera terá temperaturas amenas, como resultado da presença do vento sul e ainda de massas de ar frio na região de SC. Episódios de geada ainda podem ocorrer na Serra Catarinense. A expectativa para o próximo trimestre, porém, é que a estação seja mais quente que nos outros anos. Segundo a previsão a temperatura deve se manter próxima ou acima da média. 

— É uma estação que começa ter a diminuição das massas de ar frio do inverno. Isso não quer dizer que não tenhamos, mas a frequência vai diminuindo muito. Acaba que o frio começa a ficar mais presente apenas entre as noites e o início das manhãs. Devido a isso, muitas vezes aparecem os nevoeiros, especialmente nas áreas próximas dos corpos d’água. O vento aparece um pouco mais justamente porque temos ainda algumas massas de ar frio só que com aproximação de ar quente. A diferença de temperatura ajuda a trazer vento — explica o metereologista Leandro Puchalski.

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O volume das chuvas deve aumentar em todas as regiões, principalmete em outubro, mas ainda assim se manter abaixo ou muito próximo da média climatológica para a época, quando comparada aos outros anos. 

Para os próximos três meses, a previsão da Epagri aponta uma expectativa de chuvas mais frequentes e com totais a cima da média na região Leste do Estado devido à circulação marítima. Já nas regiões do Extremo Oeste até o Planalto de SC, a chuva deve ser mal distribuída e com volume menor que a média, devido à influência do La Niña. Por causa da má distribuição, algumas regiões ainda têm risco de sofrer com a estiagem.

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No Oeste e Meio-Oeste de SC, o volume de chuvas durante a primavera varia entre 150mm a 210mm em setembro, podendo chegar a 280mm em outubro. As chuvas voltam a reduzir de volume em novembro. Já nas demais regiões, os totais de chuva devem variar entre 110mm e 180mm.

Em outubro, o tempo na região Sul do Brasil sofrerá também influência da chegada de massas de ar quentes, que tornam os noveiros e ciclones extratopicais mais frequentes. Esses fenômenos podem casuar ventos mais intensos e favorecer condições de mar alterado, com ondas maiores. 

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