A chuva desta quinta-feira (19) parecia tímida, mas ajudou a amenizar a situação da estiagem que dura três meses e meio no Oeste de Santa Catarina. De acordo com o coordenador regional da Defesa Civil na região de Xanxerê, Luciano Peri, até o final da tarde tinham sido registrados 42 milímetros em Xanxerê, 50 milímetros em Ponte Serrada, 25 milímetros em Abelardo Luz e 18 milímetros em São Domingos.
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Para se ter uma ideia do que isso representa, em Chapecó, nos últimos três meses, em dois a chuva ficou abaixo de 50 milímetros.
— Não resolve, mas com certeza ameniza a situação. Foi mais do que os 10 a 15 milímetros esperados. Isso já ajuda na agricultura e alivia a recarga no lençol freático. Foi uma chuva importante — afirma Peri.
Na agricultura, a maioria das lavouras de milho foram semeadas e o trigo está em fase de floração, necessitando de umidade.
Em Chapecó, o gerente local da Casan também está otimista em relação ao reservatório da barragem de Engenho Braun, no Lajeado São José, que no início da semana estava um metro abaixo do normal:
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— No meio da tarde, o nível da barragem começou a estabilizar, o que é um bom sinal. Só vamos ver amanhã (sexta-feira, 20) o resultado dessa chuva.
Mesmo com a ajuda da chuva, o número de municípios em situação de emergência aumentou para 10, com o decreto de Jupiá. Os outros nove são: Santa Terezinha do Progresso, São João do Oeste, Palma Sola, Planalto Alegre, Irati, São Lourenço do Oeste, Ouro Verde, Faxinal dos Guedes e Bom Jesus.
Em Seara, a unidade da JBS começou o transporte de água nesta quinta-feira. São quatro caminhões com capacidade para 30 mil litros que buscam água no rio Engano, em Itá, e levam para o reservatório da agroindústria.
Em Concórdia, a BRF também transporta água com 35 caminhões. São 15 milhões de litros por dia buscados no lago de Itá.
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Na região de Xanxerê, já foram 3 milhões de litros de água transportados para consumo humano e 13 milhões de litros para o consumo animal. Os prejuízos na agricultura já passam de R$ 13 milhões.