No quinto gol da Alemanha, ainda no primeiro tempo, enquanto alguns já começavam a aplaudir a goleada na Praça da Matriz de São João do Oeste, onde dezenas descendentes de alemãs acompanhavam a semifinal da Copa do Mundo, Isadora Werle, de sete anos, chorava. Antes do jogo ela nem queria vestir seu traje típico de danças alemães, pois iria torcer para Brasil. Só aceitou depois que a mãe lhe deu uma bandeira do Brasil para levar junto.
Continua depois da publicidade
> Pipoca e Chandon para brindar a vitória da cerveja
> Torcedores queimam bandeira em Joinville
> Decepção marcam o jogo em Itajái
Continua depois da publicidade
> Cidade do lateral Maicon também sofre com derrota
Começou o jogo e veio a decepção. Ela pegou a bandeira verde e amarelo e jogou para o lado, encolhendo-se com a cabeça entre os braços. A mãe, Luciane Werle, tentava consolá-la.
– Mas mãe, eles não vão fazer cinco gols – respondeu.
No fim, a mãe convenceu a filha de que agora restava torcer para a Alemanha vencer a Copa.
– Já que não deu o Brasil vamos torcer para Alemanha – disse o empresário Marlon Grasel.
O policial militar rodoviário Uberto Klunk parecia não acreditar no desempenho do time de Felipão.
– É vergonhoso- disse. Alguns foram embora ainda no intervalo.
Liane Schneiders disse que, no início, estava dividida entre torcer para o Brasil ou para a Alemanha. À medida que foram saindo os gols, começou a pesar mais o lado dos antepassados.
O mesmo aconteceu com o técnico em captação, Giovani Sundermann.
– Comecei a torcer pelo melhor, agora Alemanha vai ser campeã do mundo – finalizou.
E o jogo terminou com tristeza para alguns, mas alegria e comemoração com chope e a música Ein Prosit para outros,
Continua depois da publicidade