O Chipre terá que aprovar uma série de medidas de austeridade para garantir o acordo com credores internacionais, ou enfrentar o congelamento de pagamentos devido à queda de 80 milhões de euros (US$ 102,8 bilhões) no Orçamento, afirmou nesta segunda-feira o ministro de Finanças do país, Harris Georgiadis.

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Segundo ele, a ilha deve correr para submeter ao Parlamento nas próximas semanas uma série de leis com aumentos de impostos e cortes de gastos na tentativa de selar o acordo de resgate de 10 bilhões de euros com a zona do euro e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

– Estamos atualmente no limite. Não poderemos aguentar essa situação por muito tempo sem um acordo de empréstimo -afirmou.

O país prometeu cortes de gastos e aumentos de impostos equivalentes a mais de um décimo de sua economia de 17 bilhões de euros ao ano até 2018 para alcançar as metas orçamentárias definidas por seus credores. Outras medidas incluem o aumento da idade mínima de aposentadoria para trabalhadores dos setores público e privado, cortes de gastos com planos de saúde e a obtenção de 1,4 bilhão de euros com privatizações nos próximos cinco anos.

Na semana passada, o Chipre e o FMI chegaram a um acordo para uma linha de crédito de 1,0 bilhão de euros que complementará a ajuda de 9,0 bilhões de euros que a ilha receberá de seus parceiros da zona do euro. O FMI afirmou que o conselho executivo da instituição deverá aprovar o plano de assistência no começo de maio.

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