Aguardando a formalização de sua saída do cargo, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, fez nesta quarta-feira pela manhã um discurso em defesa da transparência e coerência na condução de políticas públicas. Num evento para empresários do setor farmacêutico, ele apresentou resultados sobre as mudanças nas políticas de parcerias de desenvolvimento produtivo (PDP) – formato de acordo que se tornou conhecido em todo o país depois do escândalo envolvendo o laboratório Labogen, durante a Operação Lava-Jato.

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Chioro afirmou ter ficado satisfeito com a condução do processo para reformular as regras dessas parcerias.

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– Podemos ficar com a coluna ereta e o coração tranquilo – disse.

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Embora já tenha sido notificado pela presidente Dilma Rousseff de que vai deixar o cargo, para ceder espaço ao PMDB, Chioro fez questão de manter a agenda desta quarta. Ele considera uma vitória o resultado obtido com a reforma nas regras das PDPs, que, de acordo com ele, haviam ficado “amaldiçoadas” depois da Operação Lava-Jato, e queria deixar seu recado. Algo que ele já tinha feito semana passada, ao se encontrar com secretários municipais e estaduais de Saúde.

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Durante a cerimônia desta quarta-feira, Chioro fez duas referências a sua saída. Ao falar sobre a necessidade de se fazer o monitoramento dos contratos, afirmou:

– A vida tem seus riscos – e eu é o que digo para vocês – arrancando risos do auditório.

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Mais tarde, ao encerrar o discurso, falou sobre política. Ao enfatizar a transparência e coerência na adoção de políticas públicas, finalizou:

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– Não vejo outro caminho, a não ser o abandono da política (ação, projeto) ou o seu uso que saia do campo da transparência e da coerência.

*Estadão Conteúdo