Um tribunal chinês executou nesta terça-feira um homem que matou uma autoridade local após a demolição forçada de sua casa, um caso polêmico que causou uma onda de apelos na internet por clemência.

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Jia Jinglong havia matado o chefe de seu vilarejo com uma pistola de pregos em 2015 na província de Hebei (norte), segundo os meios de comunicação oficiais.

Os advogados e internautas pediam há meses para comutar a sentença de Jia, considerando a demolição de sua casa pelas autoridades como uma circunstância atenuante, e por causa de sua confissão.

“A execução de Jia Jinglong, culpado de assassinato, foi realizada”, informou o Tribunal Popular Intermediário da cidade de Shijiazhuang em sua conta oficial numa rede social.

Antes da execução, Jia, nascido em 1986, pode “encontrar seus parentes, de acordo com a lei”, informou a agência de oficial Xinhua.

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Nem o Tribunal nem a agência informaram sobre o método utilizado para a execução, mas as execuções são normalmente realizadas por injeção letal na China.

A casa de Jinglong foi demolida em 2013, segundo os meios de comunicação oficiais. O homem não teria recebido qualquer indenização, além de ter sido espancado no momento da desapropriação.

As desocupações brutais de terras e expropriações expeditas por autoridades locais para realizar projetos de desenvolvimento são uma importante fonte de descontentamento e instabilidade na China.

Centenas de internautas assinaram uma petição pedindo a revogação da pena de Jia Jinglong. Os advogados da família também enviaram uma carta ao Judiciário pedindo sua graça.

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A China, o país mais populoso do mundo, também é considerado o que realiza o maior número de execuções, estimadas em várias centenas por ano, mas o número exato continua a ser um segredo de Estado.

* AFP