A China prendeu cinco religiosos tibetanos (três freiras e dois monges) que se pronunciaram contra a organização dos Jogos Olímpicos de Pequim/2008 enquanto não for resolvido o conflito do Tibete, informou o grupo independentista Free Tibet Campaign em seu site.

Continua depois da publicidade

Os cinco tibetanos foram detidos em maio de 2005 na província de Gansu (norte) por envolvimento na distribuição de uma carta de protesto reivindicando a independência do Tibet.

Duas das freiras, Tadrin Tsomo e Choelyi Drolma, e um dos monges, Dargye Gyatso, foram condenados a penas de três anos de prisão enquanto a terceira freira, Yonten Drolma, e o segundo monge, Jamyang Samdrub, deverão permanecer 18 meses na prisão.

A escolha de Pequim como sede dos Jogos Olímpicos de 2008 serviu às organizações pró-direitos humanos para aguçar suas campanhas de conscientização sobre a realidade chinesa.

Segundo o diário tibetano Phayul, no domingo passado ao redor de 300 tibetanos e pessoas comprometidas com a causa tibetana fizeram uma manifestação pacífica em Turim, onde está a ponto de começar os Jogos Olímpicos de Inverno, para mostrar seu desacordo com a realização dos Jogos em Pequim.

Continua depois da publicidade

O Tibete está sob controle chinês desde 1950, quando o Exército Popular de Libertação ocupou a região, e o Dalai Lama está no exílio na Índia, desde 1959, depois do fracasso de uma tentativa de levante.

Embora a China considere o Tibete como uma Região Autônoma, são muitas as vozes que asseguram que os tibetanos não gozam de uma autonomia real, entre elas a do próprio Dalai Lama, que embora tenha renunciado à independência do Tibete, continua sem poder retornar à China.