A China negou nesta segunda-feira (23) as acusações de Donald Trump de manipular sua moeda e disse não temer as ameaças do presidente americano sobre tarifar todas as exportações de Pequim para os Estados Unidos.

Continua depois da publicidade

“A China não tem vontade alguma de dar apoio a suas exportações com desvalorizações competitivas”, declarou o porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Geng Shuang.

“A taxa de câmbio está fixada pela oferta e a demanda no mercado. Às vezes baixa e às vezes sobe, flutua nos dois sentidos”, acrescentou.

A moeda chinesa pode flutuar apenas um máximo de 2% frente ao dólar em relação a um curso fixado diariamente pelo Banco Central chinês (PBOC).

Continua depois da publicidade

Desde abril, o iuane perdeu 8% de seu valor frente à moeda verde.

Na sexta-feira, o presidente Trump acusou a China e também a União Europeia de desvalorizarem artificialmente sua moeda para favorecerem suas exportações.

No Twitter, Trump disse que “China, União Europeia e outros vêm manipulando suas moedas e taxas de juros”.

Segundo ele, o dólar está se tornando mais forte e prejudica a “vantagem competitiva” da maior economia do mundo.

Continua depois da publicidade

Em uma entrevista à CNBC, Trump jogou ainda mais lenha na fogueira da guerra comercial com a China, sugerindo que pretende taxar todos os produtos do país.

“Estou pronto para chegar a 500”, garantiu, referindo-se ao total de US$ 505,5 bilhões em importações da China registrados em 2017.

“Não estou fazendo isso por política. Estou fazendo isso para fazer a coisa certa para o nosso país”, concluiu.

Continua depois da publicidade

* AFP