A China impediu a entrada de fato no Parlamento de Hong Kong de dois deputados independentistas que leram de maneira considerada equivocada o juramento de posse, em sinal de protesto contra o poder de Pequim.

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O Comitê Permanente da Assembleia Nacional Popular (ANP) chinesa considerou que o juramento não poderia ser pronunciado novamente, de acordo com a Constituição de Hong Kong, ex-colônia britânica que foi devolvida a China em 1997.

Um juramento que não respeita a Constituição “tem que ser invalidado e não pode ser pronunciado de novo”, afirmou a ANP.

Após o anúncio da decisão, que deixa de fato os dois deputados fora do Conselho Legislativo (LegCo) da ex-colônia, o chefe do Executivo de Hong Kong, Leung Chun-ying, afirmou que aplicaria “totalmente” a medida.

Ao ler o juramento, os deputados independentistas Yau Wai-ching e Baggio Leung, eleitos em setembro, se recusaram a pronunciar de maneira correta a palavra “China” e usaram termos pejorativos.

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O texto proclama, entre outras coisas, que Hong Kong é uma “região administrativa especial da República da China”.

A crise constitucional e o anúncio da intervenção de Pequim provocaram manifestações no domingo no território, que tem estatuto especial dentro da China.

No domingo à noite, a polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar centenas de manifestantes que tentavam forçar a passagem ao redor do escritório chinês que atua como embaixada de Pequim em Hong Kong.

Alguns manifestantes utilizaram guarda-chuvas como proteção, uma cena que recorda as grandes manifestações de 2014 que paralisaram áreas inteiras da cidade durante dois meses.

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* AFP