Os governos de China e Rússia reagiram duramente, nesta terça-feira (19), à nova Estratégia de Segurança Nacional (NSS, na sigla em inglês) divulgada ontem pelo presidente americano, Donald Trump.

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No documento, China e Rússia aparecem como “potências adversárias”, que oferecem desafios ao poderio americano.

“Qualquer país, qualquer relatório, que distorça os fatos, ou calunie de forma maliciosa, apenas fará isso em vão”, declarou a porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Hua Chunying, referindo-se a uma “mentalidade de Guerra Fria”.

Na NSS de Trump, a China é vista como uma “potência revisionista”, que busca deslocar os Estados Unidos na Ásia.

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“Exigimos dos Estados Unidos que parem de distorcer, propositadamente, as intenções estratégicas da China e que deixem de lado noções obsoletas, como a mentalidade de Guerra Fria e o jogo de soma zero, caso contrário, apenas prejudicará a si mesmo, ou terceiros”, completou Hua.

A porta-voz também fez uma vigorosa defesa da política externa de Pequim.

“A China nunca perseguirá seu próprio desenvolvimento às custas dos interesses dos outros países”, frisou, ressaltando, porém, que “ao mesmo tempo, nunca vamos desistir dos nossos interesses e direitos legítimos”.

O conteúdo da nova Estratégia de Segurança Nacional contrasta com a cordial primeira visita oficial de Trump a Pequim, em novembro passado.

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Já a Rússia denunciou o “caráter imperialista” do relatório de estratégia nacional e acusou Washington de se ater à visão de um “mundo unipolar”.

“O caráter imperialista deste documento é evidente, tanto quanto a recusa a renunciar a um mundo unipolar, uma recusa insistente”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

O governo russo “não pode aceitar que tratem o país como uma ameaça à segurança dos Estados Unidos”, completou.

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* AFP