O diretor do Centro Administrativo de Ginástica da China, Gao Jian, afirmou que as novas regras da ginástica artística, que não fixam um limite de dificuldade nos exercícios, podem provocar lesões mais graves, segundo a edição desta sexta do jornal China Daily. Gao deu como exemplo a atleta Wang Yan, de 15 anos, que caiu no domingo das barras assimétricas durante o campeonato nacional de ginástica, primeira prova na qual as atletas chinesas começaram a disputar uma vaga na Olimpíada de Pequim 2008.

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Segundo Gao, Yan se encontra estável, mas o corpo médico que a atende disse na quinta-feira à Agência Xinhua que temia que a jovem ficasse paraplégica. No entanto, os temores diminuíram quando Wang recuperou a mobilidade do pé direito.

– A nova regra de permitir dificuldades sem limites (nos exercícios) leva a um maior número de lesões, e também haverá menos crianças dispostas a participar deste esporte – afirmou Gao.

– Há muitos países, entre eles Rússia e Estados Unidos, que estão contra a regra – acrescentou.

Gao não é o primeiro a criticar a decisão tomada pela Federação Internacional de Ginástica de estacionar a pontuação em dez, no máximo, o que leva os ginastas a tentar o mais difícil possível. O diretor chinês confia na recuperação de Wang e se baseia em uma lesão similar que ele mesmo sofreu em 1968, que não o impediu de voltar a competir.

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