A China condenou nesta terça-feira a presença de um navio de guerra dos Estados Unidos dentro das 12 milhas náuticas das ilhas artificiais que Pequim está construindo no Mar da China Meridional e denunciou uma “ameaça” a sua soberania.
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Este navio “entrou ilegalmente” nas águas das ilhas do arquipélago Spratly e suas operações “ameaçaram a a soberania da China e seus interesses de segurança”, afirmou Lu Kang, porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, em um comunicado.
As autoridades chinesas confirmaram as manobras e expressaram “firme oposição”. O porta-voz declarou que o país tem uma soberania “indiscutível” sobre o arquipélago e sobre as águas próximas.
“Pequim se opõe a que um país utilize a liberdade de navegação e de sobrevoo como como pretexto para violar a soberania nacional da China ou seus interesses de segurança”, completou o porta-voz, antes de advertir que o governo “responderá de maneira decidida a qualquer ação de provocação”.
A China considera como águas territoriais a zona de 12 milhas náuticas que cerca estas ilhas, mas os Estados Unidos não reconhecem a reivindicação.
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O governo de Pequim reivindica direitos sobre quase todo o Mar da China Meridional, onde o país coordena grandes obras que estão transformando os recifes em portos, pistas e outros tipos de infraestruturas.
Estados Unidos e os países do sudeste da Ásia temem que a China assuma o controle de uma das rotas marítimas mais estratégicas do mundo.
Vietnã, Malásia e Brunei também reivindicam a soberania sobre o arquipélago Spratly, uma centena de pequenas ilhas e recifes desabitados.
* AFP