O vulcão Calbuco, que entrou em erupção no Chile na última quarta-feira passada, segue expulsando cinzas e ainda existe o risco de nova atividade. As autoridades mantêm a zona de isolamento de 20 quilômetros em torno do vulcão, além de outras medidas preventivas.

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“Irmão” de vulcão que atingiu país em 2011, Calbuco deve ser menos intenso

A erupção e posterior nuvem de cinzas afetaram as principais atividades econômicas da região como a agricultura, pecuária e piscicultura. Cerca de 6,5 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas em consequências das atividades do Calbuco.

Veja fotos impressionantes da erupção

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A nuvem de pó chegou à Argentina, ao Uruguai e ao Sul do Brasil. O Metroclima, sistema de previsão do tempo da prefeitura de Porto Alegre, registrou que o céu da cidade ficou com aspecto um pouco mais acinzentado em função das cinzas, mas não há motivo para preocupação quanto à qualidade do ar.

Na Argentina, a prefeitura de Bariloche informou que foi concluída a limpeza das cinzas no aeroporto da cidade e os voos suspensos desde a tarde quarta-feira poderiam ser retomados. O retorno dos voos depende agora de uma decisão das empresas e das condições da suspensão de partículas no ar.

Cinzas de vulcão chileno a caminho de Buenos Aires

Foto: Martin Bernetti, AFP

Vulcão acorda após cinco décadas

Depois de permanecer inativo por 54 anos, o vulcão expeliu gigantescas colunas de gases e material incandescente, que provocaram espanto nas cidades de Puerto Montt, Puerto Varas e localidades próximas, 1.300 km ao sul de Santiago. A área afetada recebe muitos turistas de todo o mundo graças seus lagos, rios e abundante vegetação, cercada por vulcões.

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A última erupção do Calbuco remontava a 1961. Em 1972, o vulcão apresentou uma leve atividade, de acordo com o Serviço Nacional de Geologia. A erupção de quarta-feira pegou de surpresa a população, já que não ocorreu aviso prévio das autoridades.

Nas regiões de Puerto Montt e Puerto Varas, as autoridades decretaram “estado de exceção constitucional e zona de catástrofe”, o que coloca a zona sob a autoridade das Forças Armadas.

* Agência Brasil, com informações da Telam