Uma enorme furadeira industrial começou nesta segunda-feira a cavar um túnel, através da rocha sólida, para libertar os 33 mineiros presos na mina de San José. A furadeira de 31 toneladas conseguiu perfurar pouco mais de 15 metros de rocha, no primeiro passo para abrir um “buraco piloto” que lidere o caminho do resgate.
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Mais tarde, a furadeira deverá cavar pedaços maiores na rocha, expandir o buraco e alcançar a câmara onde estão os mineiros (um processo que poderá levar quatro meses)
Os homens ficaram presos na mina, no deserto de Atacama, em 5 de agosto. Antes de as equipes de resgate terem cavado estreitos buracos de 700 metros para alcançá-los, eles sobreviveram 17 dias sem contato com o mundo exterior. Racionaram o suprimento de alimentos, que era de 48 horas, e cavaram o subsolo em busca de água. Apenas três mineiros, que sobreviveram 25 dias presos numa mina alagada na China, no ano passado, haviam sobrevivido tanto tempo a um desastre semelhante. Poucos resgates levaram mais de duas semanas.
Além do início da perfuração do poço de resgate, técnicos chilenos envolvidos na operação elaboraram um plano alternativo, informou em seu site o jornal espanhol El País. Segundo o diário, esse “plano B” consistiria em alargar um dos três buracos já feitos. Mesmo com esse plano B, porém, o prazo estudado para o resgate é de entre três e quatro meses. Chegaram a ser divulgadas notícias no país de que haveria um plano para retirar os homens em um mês.
Segundo o jornal espanhol, um engenheiro disse pedindo anonimato que, caso o novo plano seja bem-sucedido, o tempo do resgate poderia passar para dois meses. Os homens presos na mina no deserto do Atacama enviaram um novo vídeo por um dos buracos com que se comunicam com o mundo. Na mensagem, eles saúdam os familiares e dizem que estão melhor, após receberem mais comida. Vários choraram ao falar sobre seus familiares.
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No vídeo, divulgado no domingo, os homens aparecem sem camisa, por causa do calor na mina, e vestindo calças especiais, enviadas para que eles se mantivessem secos, reduzindo o risco de contaminação por fungos.
Nesta segunda-feira, eles igualaram o recorde de três mineiros que sobreviveram 25 dias em uma mina inundada, no sul da China, no ano passado.