Até pela vantagem da Seleção Brasileirano retrospecto geral (em 68 jogos, foram 48 vitórias brasileiras), o confronto com o Chile está longe de ser um dos principais duelos do futebol mundial. Porém, ao menos para o técnico Jorge Sampaoli, enfrentar o Brasil tem uma motivação especial. Argentino, o treinador da seleção chilena encarou, desde a sua infância, o duelo como um clássico.
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– Pela minha natureza e minha nacionalidade, meu clássico sempre foi com o Brasil. Foi sempre assim, na minha infância e também na adolescência. Adoro esse tipo de jogo. Sei que é muito especial. E também muito difícil – disse Sampaoli, na sexta-feira, na véspera da partidadas 13h deste sábado, no Mineirão, em Belo Horizonte, pelas oitavas de final da Copa do Mundo.
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Essa dificuldade comentada pelo treinador passa pela tentativa dos chilenos de parar Neymar. Sampaoli garante que não haverá marcação individual sobre o brasileiro, mas avisa que o atacante será vigiado de perto.
– Temos que estar muito próximos quando ele estiver com a bola. Não será marcação individual, mas coletiva. É um jogador com muitas virtudes, reconhecido, e que respeito muito. Vamos tomar muito cuidado com seus movimentos e tentar neutralizá-lo – avisou.
O lateral-esquerdo Eugenio Mena igualmente destacou a importância do confronto para uma seleção que chamou a atenção principalmente pela vitória sobre a atual campeã Espanha.
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– Esse é o jogo mais importante que vou viver. O Brasil é uma história negativa para os chilenos. É um jogo importante para deixarmos isso para trás – disse o jogador.
A seleção atual em nada remete ao Chile de 2010, eliminado pelo Brasil nesta mesma fase de oitavas de final. Este Chile é diferente, este Chile é talentoso. Vargas não lembra o atacante apagado que passou pelo Grêmio, Sánchez é a referência, Vidal, o cérebro, Aránguiz, o motor, e o goleiro Bravo, a segurança. Mas há um ponto fraco e que está na defesa: a bola aérea.
Nenhum zagueiro tem mais do que 1m78cm – a média do time é de 1m76cm, a mais baixa entre todas as seleções da Copa. Confiantes, os jogadores compraram a ideia de Jorge Sampaoli e reproduzem nas entrevistas o pensamento do treinador.
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A seleção chilena se transformou em uma religião. E o técnico conseguiu mexer na autoestima do grupo. Atletas deixaram de lado o discurso humilde, de respeito, e adotaram uma postura forte, otimista, de confiança, de quem realmente acredita que é possível fazer história.
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